quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

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Ao princípio, foi porque nas viagens de autocarro me lembrava sempre de coisas para escrever. Depois ganhei-lhe o hábito e depois carinho. De repente, começo a ler para trás e vejo que passaram anos. Mas anos dos gordos, tipo 4 ou 5. 
Sempre achei que quando chegasse aqui ia escrever com mais vontade, numa ânsia de deixar cada detalhe bem registado. Vai na volta a ânsia tira a vontade de escrever e o que te vai na cabeça passa a ser demasiado teu para se escrever... ou pelo menos aqui.
 E de repente, aquele sonho secreto de imprimi-lo todo de golpe e deixá-lo no meio da mesa do café, entre aqueles livros que nunca ninguém abriu, deixa de fazer sentido, porque um livro sem o último capítulo só frustra.