sexta-feira, 25 de setembro de 2015

"Para nós o longe é perto"

Alguém me pode explicar quando é que a vida começa a ser fácil? Uma pessoa pensa que quando isto passar vem a parte boa, planeada ao detalhe, que não tem como falhar. 
Mas, um dia, bate à porta aquele tempo que já não é de sonhos distantes e que pede a coragem das decisões. Aquele tempo, que de um dia para o outro, nos acorda para o caminho novo que está para chegar. Aquele tempo que é só daqui a muito tempo, mas que afinal é já. Porque o fim tem um principio.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Parabéns Charlie


Primeiro pensei:
Mas depois, lembrei-me que partilhamos algo mais profundo:

Por isso:

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A medicina estragou-me

Parece um contra senso, é um contra senso. Mas, entrar em medicina e já levar metade do curso carimbado, roubou pelo caminho a convicção que me trouxe até aqui. Lembro de que mais nova pensava que não havia limites. Que os meus limites dependiam do que eu quisesse e daquilo para que trabalhasse. Sempre pensei que podia chegar onde fosse. Que sonhar era bom.
E agora, pergunto-me onde ficou toda essa convicção. O que aconteceu com aquela miúda que sonhava com uma irresponsabilidade, característica das pessoas que acreditam em si mesmas.
Como é que um sonho feito realidade, me roubou a capacidade de sonhar? Não sei como cheguei a tornar-me tão cínica com estas coisas de "tu podes". Irrito-me com o tom adulto com que ditei, um dia desse caminho, que o melhor era aceitar os limites que me impus. Entristece-me não ter a liberdade de sonhar, com toda a liberdade. Deixa-me furiosa já não gostar de medicina, por me ter ensinado que não era boa para isto. Chateia-me não ter especialidade por onde escolher, por ter aprendido que a maioria está fora do meu alcance, e portanto território proibido.
Hoje, sentada num anfiteatro com 100 pessoas, numa conferência sobre os próximos anos (pós-curso), num vislumbre de um futuro, olhei e pensei: "não penses mais, que isso não é para ti". E de repente dei-me conta: a medicina estragou-me.
Sem pena, pura constatação.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Leituras que tiram o sono?!

Numa daquelas noites de insónia (como esta), deu-me para ler uma encíclica. Eu sei...
Continuo acordada, com um misto de culpa-irritação, por ter achado o dito documento tão pouco inspirador.
Acredito que como católicos não somos carneiros, mas sim que devemos valorizar e USAR, constantemente, o maravilhoso dom da razão, que, com tanto carinho, Deus nos deu.
E fazendo uso da razão e sentindo-me na liberdade de interpretar a tal encíclica (já que vem dirigida a todos), só tenho a dizer: Não concordo.
Não concordo MESMO.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Tão bom

Alegria por estar aqui, alegria pela família que aqui nasceu. Alegria pela alegria. 

*Para que tenhas alguma coisa para ler ao pequeno almoço, Noiva.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

5º...

O Tiago disse, no outro dia, que os buracos, que são buracos, no fim tornam-se aconchegantes
Sinto-me uma ingrata feliz, porque cheguei a casa. Não cheguei só ao “piso”, não vim para estudar, para picar o ponto. Vim para casa. Vim a reconhecer, neste caminho, a familiaridade de uma rotina pela qual já tenho carinho, a ouvir uma língua que me conforta porque o meu cérebro diz que é isto que se fala na rua, vim a matar saudades do barulho que se ouve nas esplanadas às 10 da noite. Vim cheia de saudades, cheia de vontade de voltar a ver esta família que aqui nasceu.
Mais,
Vim com a vontade de aproveitar. Viver o tempo (assustadoramente curto) que ainda falta como uma graça, uma parte de um caminho, uma experiência, mil experiências! Vim com a certeza de que não vou deixar que isto se torne uma espera por uma outra fase da vida, igualmente desafiante, mas sim, que seja uma experiência de riqueza infindável.

Deixei lá mil saudades, mas vim matar outras mil.