terça-feira, 30 de abril de 2013

OLÁ!! SURPRESA!!!! (gostam?)


A festa por aqui é outra

Vão ao supermercado e enchem-se de coisas boas. Batatas fritas, pizzas, chocolates e bolachas... Assim, enchem as despensa em jeito de preparação, para a grande noite do pijama que se adivinha.
Eu faço tudo isso e ainda compro canetas bic! Assim, encho a despensa em jeito de preparação, para a noite de estudo que se impõe.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Partidas- Departures

Há dias em que pensar nisto me faz rir. Durante a minha curta passagem por Arquitectura, pediram-nos que escolhêssemos um espaço. Não sei se lhe chamavam vital, essencial, especial... Fosse qual fosse o nome, a ideia era trabalhar sobre um espaço que nos fizesse sentir realmente bem. Ironia das ironias, escolhi a entrada do aeroporto de Lisboa. Sim, aquele espaço enorme e nada acolhedor que tem umas placas amarelas fluorescentes, que em tempos me fascinaram.
Esse espaço enorme e nada acolhedor, intrigava-me e fazia a minha mente voar a 100 à hora. Era um espaço que conduzia a infinitas possibilidades, que tinha para contar incontáveis histórias, de mil vidas, que na altura me pareciam mil vezes mais interessantes que a minha. Mas, acima de tudo, era um espaço com portas para a "liberdade".
Hoje, o espaço que outrora foi tudo e mais, no meu imaginário quase infantil, é lugar de "adeuses" que me custam a alma, cada um por si; lugar onde muitas lágrimas caíram e onde muitas mais hão-de cair. Hoje as portas que ontem se abriam para um imaginário indescritível, deixam antever a rotina e as obrigações que a vida impõe.
Mas, se há coisa que sei em cada adeus, é que nenhum é um adeus para sempre. Há uns de uns meses, outros de quinze dias, todos custam mais que não seja pelo ter que largar dos abraços. Mas por mais que custem, todos prometem, seja a quem tem pela frente uma viagem quase eterna, ou a quem volta para trás num banco de Metro vazio,  o consolo da rampa das chegadas.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Estou triste...

O meu computador apanhou herpes.

"Uma mão cheia de nada"

Já não é a primeira vez que à mesa desta casa vem à baila o tema da religião. Começamos sempre a falar de forma civilizada e não acabamos ao murro por sorte.
Entre os muitos assuntos relacionados está sempre o "dar uma educação católica (ou religiosa) aos filhos", como alguns dos nossos pais fizeram, ou "deixar-lhes a liberdade de um dia mais tarde escolherem".
Nascendo numa família católica, sou assim desde que me lembro e agradeço-o cada dia que passa. A forma como Deus enche a minha vida faz-me incrivelmente feliz todos os dias e não deixa que haja uma noite em que não vá dormir agradecida. Quando nestas discussões se ouve alguém dizer isto, ou algo do género, costuma saltar o argumento de que só somos assim porque foi o que os nossos pais nos "impingiram". Não é verdade. É impossível impigir uma crença profunda. Nós, como seres  críticos e dotados de raciocínio lógico, questionamos, naturalmente, num determinado período da vida, o que somos e para onde queremos ir. Não há católico /protestante/mulçulmano... crente de verdade que o seja porque alguém um dia o obrigou. As escolhas são-no por serem produto de questões e análise de opções, mesmo que mais inclinados, por natureza ou educação, para uma opção determinada, a escolha é livre. Se "fiquei com o que os meus pais me impigiram" não terá sido, com certeza porque o fizeram, mas sim porque depois de mo darem a conhecer o escolhi de livre vontade e com todo o gosto.
A falácia onde está? Está no uso da palavra "liberdade". É uma mentira dizer que lhes vamos "dar a liberdade de escolher", porque sem que se apresente uma qualquer opção não há escolha, se não há escolha não há liberdade. Como pode alguém escolher uma coisa que nem sabe que existe? E a verdade é que também essas crianças crescem com o que os pais lhes impigiram, mas neste caso não é um mundo infinito de amor, uma vida com promessas de eternidade. Neste caso, é nada. 

Estive 4 horas à espera...

Que a princesa chegasse a casa e se dignasse a ligar. Depois de muito esperar e já passando da hora que tinha planeado ir dormir, liga-me para me dizer que fui trocada pelos Smurfs...

domingo, 21 de abril de 2013

Maninhos, coSi, e não coZi, uma pata de porco!

Ligo para casa a contar a grande aula que tive e os meus irmãos depois de uma vida na mesma casa que eu, entendem e assumem que cozi patas de porco... Mas estamos todos doidos?! 

Linha e Agulha

Ando a fazer Cirurgia. É um módulo introdutório, só saber o básico. Não há cá cenas de Anatomia de Grey  para ninguém. Estamos no nível aprender a lavar as mãos...
 MAS, tivemos uma aula de SU-TU-RAS!!! Não sei se quero, ou sequer se me atrevo, a querer algum dia seguir caminho nessa área, já pra não dizer que me irrita todo o cliché à volta do assunto, mas confesso que ADOREI aquela aula!!
Foi uma coisa simples. Com meia pata de porco,um bisturi, uma par de pinças, agulha e linha aprendemos a fazer as suturas básicas. Foi incrível, desafiante, frustrante ao princípio e deu-me um gozo desgraçado no fim! 
Olhando à volta isso fez-me pensar: quantas daquelas mãos estarão a dar os primeiros passos num futuro que passa por fazer isto para o resto da vida. Quantos de nós estaremos um dia nostálgicos a pensar na primeira vez que pegámos num bisturi...

Não há cruz que o tempo não ajude a carregar

Depois de um mês sem computador, estou de volta!
A vida por aqui anda a mil e ficaram pelo caminho imensas coisas para contar.
Começo por vos contar da minha cruz dos últimos meses, EC, que não é novidade.
Se não ando a escrever este ano, se a desmotivação tomou conta da minha alma a isso se deve, à cadeira mais fácil do curso, mas que parece que não consigo, por nada, passar.
Basicamente começámos com este circo em Janeiro e a confusão foi-se instalando. Em duas ou três frases a coisa resume-se assim: A cadeira era péssima, uma seca e mal explorada. O meu grupo abp horrível e quase mudo. A minha professora, a maior atrasada mental que tive o prazer de conhecer.  E eu parva desde 1992, que em vez de baixar a bola e manter a boca calada, fiz questão de evidenciar todo o meu descontentamento da forma mais descarada possível. Pois, a ousadia barata paga-se caro.
Com isto voaram emails acesos de um lado para outro; discutimos cara a cara durante duas horas, que não acabaram aos estalo por acaso; chorei baba e ranho porque a injustiça é o pior sentimento do mundo. Fechei-me em casa uma semana, dormi 20 horas seguidas, li um livro em dois dias e milagrosamente a coisa voltou a tomar as proporções que devia. Deixou de ser O problema que me consume a vida desde Janeiro e foi guardada numa pasta, como lição de vida que há-de servir para alguma coisa no futuro.
Porque hoje sei, o que não sabia há quatro meses. Coisas que podem parecer óbvias mas que para mim não eram. Aprendi que não vale a pena esperar que adultos formados e ainda por cima médicos (esperava-se que tivessem uma componente humana e de justiça social bem desenvolvida), sejam todos pessoas justas e íntegras e que os valores morais andam curtos em todo o lado.
Aprendi que manifestar descontentamento é inútil e que nos pode arrumar bem arrumados.
Não aprendi a calar, mas sim a falar melhor quando vier a próxima. Se as consequências são as que são, azar. Porque hei-de chegar ao fim do curso e ao fim da vida e pensar que defendi o certo e não calei o que devia, e foi, dito.