domingo, 15 de dezembro de 2013

Cartas para por selo: Limpeza de Inverno

Desde alguns dias atrás, vou recebendo no email, todas as manhãs um número. Cada dia mais pequeno, cada dia mais animador.
Sim a menina Mary toma conta da contagem decrescente para a minha aterragem na terra mãe!
Está quase! Faltam 5 dias.
Acho que por isso, hoje será um bom dia para começar a "limpar a casa".
Tive um ano muito complicado, foram dias difíceis, seguidos de dias piores ainda. Mas também foi uma ano de muito crescimento, um ano em que aprendi a dar valor aos que caminham ao meu lado, um ano de muitas mudanças e um fim de ano que promete um ano melhor que o que passou.
Pensar que o que há-de vir é melhor deixa-me animada (tenho medo que não seja assim, mas acho que vai ser!!)  e com vontade de arrumar assuntos, definir novos objectivos e prioridades e lembrar a velha máxima jesuítica do POUCO, PEQUENO e POSSÍVEL.
E por isso, vou começar por limpar a lista que tenho neste blog que se chama Cartas para por Selo. A bucket List mais desorganizada da história:

  • Dormir 8 horas sem culpa - Venham as 12, as 15, que a culpa já cá não está!
  • Ganhar hábitos de estudo - Não se pode dizer que tenhas os melhores hábitos, mas já lhe ganhei o jeito. (Não sei se com as clínicas volte ao mesmo, mas, por enquanto, RISCA)
  • Aprender a estudar - (ah, a anterior afinal não, DESrisca) e SIM!
  • Rezar o terço todos os dias durante um ano - (devia ter escrito "rezar o terço um dia por ano"...)
  • Pintar um diário gráfico - sim, até mais que um;
  • Ir a pé a Fátima 
  • Fazer o curso sem chumbar a nada - ui...
  • Acabar o curso - ui, ui...
  • Casar com o Miguel - ui, ui, ui...
  • Ter 5 filhos - AI!
  • Recuperar uma ruína - se contarmos com facto de ter voltado ao IMC do costume, sim!
  • Ter um horta
  • Cantar o fado - Been there, done that (com cerveja até às orelhas: desastre.)
Nova lista, mais "terra-a-terra" a caminho.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Histórias

Quando deixamos de fazer alguma coisa durante muito tempo, voltar é cada vez mais difícil. E voltar a escrever neste blog cada vez me dá mais preguiça. 
Há muitos dias em que penso: " hoje vou escrever isto, e tal...", mas entre a procrastinação e o cansaço, a coisa fica-se por uma boa intenção.
Mas, tenho pena. Tenho pena que as novidades não cheguem ao outro lado. E angustia-me pensar que ainda existe alguém, que por aqui passa, e sai desiludido todos os dias pela falta de novos caracteres.
Hoje não vai ser assim!
Hoje venho lutar contra a maré. Venho relembrar-me de que há histórias para contar e uma sítio pras contar. 


sábado, 9 de novembro de 2013

FLOATING IN MY MIND

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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Quem não mete o dedo...

...mete a pata. 
(ensinam-nos isto...)

Apetece-me, mas não quero.

O Pobre Português gosta de se presentear com os chamados "pequenos prazeres da vida". Coisas que apetecem. Coisas que não custam muito e que normalmente vêm substituir coisas que pedem um esforço profundo da alma.
A velha, e sempre actual, questão do querer vs. apetecer.
Como diz o ditado: "Quem sai aos seus não degenera", e eu, como portuguesa de ginja, sou assim.
Mas, não sempre. 
Há dias em que desperto em mim aquele lado nórdico e trabalhador e consigo encontrar forças para convencer a massa cinzenta de que QUERO mais, do que o que me APETECE.

Hoje foi assim.

Com 4 horas de sono, arrasto o rabo da cama, às 7 da manhã, com a promessa de uma torrada com queijo. (Sei que isto não tem mérito nenhum, que é minha obrigação. Mas, conseguir saltar da cama antes das 10 sempre foi uma batalha por estas bandas.)
Lá vou eu para o hospital, para mais uma prática, "buffff", como dizem os espanhóis...
Troquei-me na tabela da sala dos residentes e tive a feliz notícia de que hoje era dia de planta("revisão matinal" dos pacientes ingressados)!
(Afinal não era, mas não fez mal porque parece que das 8 pessoas do meu grupo, que se iam distribuir pelos os diversos sectores, 5 têm mais preguiça que eu, e não apareceram.)
Resultado: LUXO. Passei a primeira manhã da minha vida de Planta com DOIS residentes, SÓ pra mim!! Foi LINDO!!! ADOREI!!!!
Explicaram-me tudo, fiz explorações, adorei falar com as pessoas... quase ia começando a chorar com uma senhora velhota que descobriu que tinha cancro e que chorava desalmadamente
No fim mandaram-me fazer A Primeira História Clínica da Minha Vida Num Doente de Verdade, SOZINHA. Experiência que se provou um pouco mais difícil do que esperava, mas que foi engraçadíssima. O Sr. ajudou-me imenso e era super simpático. Para além do mais, o companheiro de quarto dele era médico e ao ouvir a conversa deu-me dicas, foi-me ajudando e ainda ganhei um conselho para a vida médica: "Nunca achar que ter que vir falar muitas vezes com o doente é chato para ele, eles até gostam." (isto porque eu dizia ao senhor:" desculpe lá estar a chateá-lo...").

Hoje foi daqueles dias, em a vontade se sobrepôs ao apetecer. Hoje foi daqueles dias, em que a vida andou para a frente. Hoje foi daqueles dias que me relembram que vale a pena estar aqui, que vale a pena trocar os pequenos prazeres da vida por momentos que custam mais que o mundo, mas que trazem infinita alegria. 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Saudades

Ás vezes, durante o dia, principalmente durante aqueles dias mais compridos, tenho saudades de Deus.
Eu sei que Deus está em todo o lado e que está "aqui sentado" ao meu lado a ver-me escrever. Mas, às vezes não parece. 
Tenho saudades de ter tempo para rezar. Tenho saudades de conseguir encontrar, nas horas que desperdiço, vontade e silencio.
É isso, silencio.
Tenho saudades de fazer silencio. Saudades daqueles momentos que a minha vida tinha, que predisponham à oração. 
Saudades de encontrar no meu dia reflexos claros da Tua presença.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Nervos

Primeira práctica. O meu coração está aos saltos e estou cheia de medo...

G está on fire!




Pois é semana de San Narcis e a cidade está em festa. Há todo o tipo de eventos sociais. Missas, espectáculos, feiras, "Barracas"( espaço tipo feira com barraquinhas que vendem comida e bebida, é preciso dizer algo mais?) e coisas tipicas e tradicionais que, por serem tão típicas e tradicionais, têm nomes que não elucidam ninguém.
Pois sábado à noite pergunto ao Fil se quer ir às barracas e diz-me: " Vou ao Correfoc. Vem também e traz roupa pouco inflamável."
"Ok..." penso eu. (roupa pouco inflamável?!)
Deduzi pelo nome, cuja tradução literal seria algo como "corre fogo", que seria um espectáculo com fogo, mas quer dizer, não exageremos "dúvido que salte alguma faísca pra plateia...".
Mas não. Pelos vistos aqui literal é literal.
Chegamos ao centro e vejo toda a gente vestida com roupa velha, cabelo, boca e mãos tapadas.
Exagero?
NÃO!
Demos por nós no meio de um "espéctaculo" que consistia em esconder entre a multidão diablos que do nada acendiam umas coisas que rodavam a arder e enchiam as pessoas de faíscas!!!
Inexplicável...
Resultado, queimei-me no pescoço, porque ia mal preparada e voltei com a minha camisola preferida cheia de buracos (queimada). Uma loucura, mas a adrenalina mais louca de sempre!!!

domingo, 27 de outubro de 2013

A ti, querida G, em quem descarrego todas as frustrações

Pois tive uma noite no mínimo surreal. E senti uma coisa que não sentia há muuuuuito tempo: gosto pela cidade onde vivo.
Hoje, esta cidade, que na maioria dos dias me parece um antro de esquerdistas de mente quadrada, mostrou-me que quem tem a mente quadrada sou eu, que por me limitar aos trajectos entre a faculdade e as bibliotecas, não lhe dou o devido valor.
Verdade seja dita, querida G és uma cidade pequena mas encantadora, uma cidade antiga e recuperada com todo o cuidado, uma cidade cheia de jardins escondidos e ruelas apertadas,  uma cidade que podia ter saído de um filme italiano romântico.
(a noite hei-de a contar, mas agora tenho que dormir)




sábado, 26 de outubro de 2013

Magia: ELA EXISTE

O aborrecimento dos últimos dois meses criou na minha vida uma sensação de ocupação plena. Acredite-se, ou não, fazer pouco, ou nada, deixa-nos sem tempo para fazer seja o que for.
E é por essa razão, que este blog se encontra moribundo.

De qualquer maneira, acabo de encontrar o momento certo para vos surpreender. 
Descobri que sou feiticeira. Pois, eu sei que estas coisas devem ser guardadas para nós e tal, porque nos podem querer roubar os poderes, mas tendo em conta o número de leitores, acho que é seguro partilhar.
Eis a lista dos meus poderes:

Encolher o espaço: Consegui, nestes últimos meses, tornar esta cidade num espaço ainda mais pequeno, mais fechado, quase sufocante ( e ainda dei um jeito, num ou dois pares de calças).

Interferir com tecnologia: Pois no intervalo de uma semana destruí o computador do meu querido namorado, sem sequer me dar conta (temi pelo nosso namoro confesso) e consegui fazer do copo da bimby um objecto maior que a base, resultado o copo não encaixa.

Afastar as pessoas com a mente: Pois, é sábado à noite, festas da cidade, e eu estou sentada no sofá porque não tenho quem me leve a dançar (mete pena não mete?).







quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Querida Carlota,

Esqueci-me, entre entre correrias e egoísmos, a razão pela qual escrevia neste blog. Escrevia para que tu (e outros como tu) pudessem viver um bocadinho desta minha vida aqui. 
Não por mim, mas por ti. Para que tu soubesses, que apesar de longe, podes contar comigo. Para que tu não te esquecesses que, ainda que a mil km, eu continuo aqui.
Pois hoje, estou triste. Dou-me conta entre mensagens de skype, que o erasmus de sonho (como todos os sonhos) tem tido os seus precalços e que eu, de cabeça tão enterrada na minha própria vida, nem me dei conta. 
Sei que já está tudo encaminhado e isso deixa-me descansada, mas faz me querer voltar aos eixos. E por "eixos" entenda-se, evitar que estes tempos sem conversa e sem novidades não voltem a acontecer. Não deixar que as coisas se passem sem que me dê conta, sem que tente, ao menos, fazer alguma coisa para ajudar.
Por isso, aqui estou outra vez. 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Adeus

Um adeus pelo menos até ao próximo ano. Um adeus que deixa consigo neste aeroporto as partes mais dificeis do caminho e que leva na mala só o essencial. Uma mala que vai mais pobre, mas mais sábia. Uma mala que vai mais leve, mas mais triste. Uma mala que vai com vontade de não deixar este ano ficar marcado pelas pedras do caminho, mas sim pelas enormes graças que recebi.
E venha o terceiro!!

PS: Já sou ME!!!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Amor puro, puro amor

Eles são o maior testemunho de que Deus existe.
A sua normalidade e sua humanidade fazem-me crer que não são loucos, que não são fanáticos, elas são prova de lucidez.
Vivem vidas iguais às nossas, estudam engenharia ou direito, saem à noite e bebem cerveja, têm irmãos, mães, pais e avós.  Jogam tennis e playstation. Às vezes, até têm namorada.
E sim são eles, os nossos vizinhos, os nossos amigos ou, quem sabe, os nossos irmãos, que naquela lúcida humanidade, tão bem conhecida por nós, os que um dia se apaixonam loucamente e deixam tudo para Lhe entregar a vida.
É incrível ver como vivem apaixonados. Um amor como nunca antes visto, o amor sem caprichos, o amor mais exigente, o amor mais corajoso, o amor mais louco. O Amor. 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Adeus que ficou por dizer

Ando há mais ou menos um mês a sonhar com o post do fim do ano. Esse grande post em que resumiria, de espírito leve, o ano difícil, mas maravilhoso, que tive.
Acontece que, pelas mais variadas circunstâncias, esse post tardou e não chegou. Chega em vez dele um post que não se pode chamar de "fim do ano", e que vem numa onda bem mais pessimista e derrotista que a que esperava encontrar.
Consta que este ano se pode reduzir na última semana que passou. Uma semana em que as tristezas, desta vida banal, se juntaram para me fazer rir da ironia. Uma semana de derrotas, estaladas na cara e maus momentos que tardam em passar. 
Um exame que fica para repetir, o trabalho dos últimos meses que fica para questionar, um adeus que fica por dizer. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Agonia- Este ano acaba mal

Agonia é o que sinto neste preciso momento.
Estamos entre malas e limpezas finais para que amanhã nos possamos fazer ao caminho. Pequeno if, as notas não saem por nada!!! E eu estou a cada minuto que passa mais nervosa! Ainda por cima tenho quase a certeza de que o que se adivinha não são bons ventos.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dei-me conta que sou uma inútil quando...

... na véspera do último exame escrevi a palavra "passatempo" no google. 

Vizinhos

Vamos os três, a Velhota do 3-2, o Quarentão do 3-4 e eu a estudante do 3-1 até ao terceiro andar, no nosso pequeno elevador. Eis se não quando, entre a conversa de circunstância sobre o nosso andar preferido, a Velhota do 3-2 nos pergunta, ao Quarentão e a mim, se somos um casal. Constrangedor.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Chefes destes só nas melhores empresas

R: " Está bem amor."

Empregados destes só nas melhores empresas

Email que o querido mandou ao chefe:
"Querida, vou jantar fora. Ligo assim que chegar."

Pedidos de casamento e outros

Hoje, entre momentos de desespero, ligo ao meu querido namorado a pedi-lo em casamento para  não ter que fazer nem mais um exame na vida. Prometi-lhe que se dissesse que sim,  entre muitas coisas, perdia uns kilinhos.
E no meio de inúmeras propostas irrecusáveis, não é que recusou?! Vá-se lá entender os homens de hoje em dia...
Depois disto tudo ,como se o meu orgulho já não estivesse ferido o suficiente, antes de se despedir perguntou-me se o conseguia imitar (como se eu fosse um macaco de laboratório). Eu claro, criança de 3 anos, aceitei o desafio. Dizer adeus com a mão direita, agora com a mão esquerda. As duas ao mesmo tempo, e agora as duas atrás de cabeça. Depois? Sim, veio o abdominal. Não há direito...

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A contar já sem saber a quantas vou

Por aqui, e assumo que um pouco por todo o lado, vivem-se os últimos dias de exames. O "sprint final", como lhe chama a minha mãe. Eu cá estou cansada, como já não estava há muito tempo. Se sei que é quarta feira, é porque o windows mo disse...
Mas, está quase! E, daqui a duas semanas, já não há medicinas, pinturas, arquitecturas ou economias pra ninguém. 
Contianuarão a haver teses, mas isso é outra história (you go Mary!).

quarta-feira, 5 de junho de 2013

"Bring down the government,(...) they don't speak for us"- No surprises, RADIOHEAD

E foi a este ponto, não sei se ao som de Radiohead, que os Turcos chegaram.
Situação que, desde a perspectiva de quem acaba de sair da ignorância, mas que ainda tem os pés na lama, fascina!
Os Turcos não gostam do governo que têm. Os Turcos acham que o governo não os representa e não fala por eles. Mas, ao mesmo tempo, foram estes os Turcos que lhes deram o, literal, voto de confiança.
A questão está no porquê. Porque votou esta gente em alguém que não fala por si?
Pois consta que por falta de melhor alternativa. Segundo o que andei a ler ( aconselho este artigo), a maioria das pessoas votou, nas últimas eleições, no partido que está agora no poder, AKP, porque todas as alternativas eram piores. Curioso...
Não venho com tudo isto dizer que a Turquia é o exemplo chapado do que se passa em Portugal. Porque não é. Tiques ditatoriais não têm espaço nos nossos governos, mais que não seja pelo pouco tempo que por lá passa cada partido.
No entanto encontro uma semelhança: O voto no  a porque o b é muito pior. E assim vamos. Em Portugal votamos no menos mau a ver se a coisa dá por sorte , mas já com pouca convicção, a volta. E mais tarde, damos por nós a defender, com unhas e dentes, a atitude que, pode nem ser a que de mente limpa escolheríamos, mas que a culpa no cartório  nos impõe.

Ter um blog e não o visitar é mau.

Gostava de me poder justificar com a "correria que anda a minha vida" ou com "as inúmeras responsabilidades" que tenho durante o dia. Mas, a verdade é que não posso. Não posso usar nenhuma dessas desculpas, para justificar a minha total ausência e despreocupação.
A verdade é que tenho passado os dias sem fazer grande coisa, mas a pensar bastante.
Só é pena não ter a energia para ultrapassar a barreira entre o pensado e o escrito. 
A acrescentar fica a promessa de um post sobre a sensação de ter chegado ao 33.(3) % do caminho (espero!).
Mas, tudo a seu tempo. 

sábado, 1 de junho de 2013

Gostava

Gostava de ser artista. Não quero dizer saber desenhar muito bem, ou cantar muito bem. Gostava de ter alma de artista. Viver com a liberdade de quem olha o mundo com leveza. Encontrar  o gozo da vida nos pequenos detalhes.
Gostava que a minha alma soubesse gozar da bela literatura, dos segredos escondidos nos quadros, que o mundo tem pendurados nos seus museus; da música incrível que nasce todos os dias. Gostava que a minha alma fosse corajosa o suficiente, para me dar essa liberdade.
Gostava que na vida as obrigações fossem opções, que não tivesse que escolher em dias como este.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A todos os "tolerantes"

Meus queridos,

Venho dizer-vos que hoje em dia é impossível discutir de igual para igual. E cá em casa não é excepção. As coisas passam-se desta maneira: há um assunto, normalmente relacionado com temas da actualidade, que têm a ver com moral ou ética. 
A questão é que, quando a discussão aquece, por ter opiniões que em geral coincidem com as da Igreja, a minha opinião é automaticamente posta de lado ou desvalorizada. Deixa de ser válida porque, quem se julga de direito, a classifica como lixo verbal que alguém me enfiou na cabeça e que não deixa sair sob ameaça de não sei bem de quê. Opiniões coincidentes com as da Igreja não contam e não podem contar. Porque ser católico é levar logo com a etiqueta do fanático. Ai se eu vos pudesse por a etiqueta de vazios!
Acho graça vivermos num mundo onde se liberaliza tudo, tudo se pode, tudo é válido, todas as opiniões contam. MENOS, a opinião de quem não tem a mesma opinião que Nós, mundo civilizado aberto e mega liberal. Viva à tolerância unidireccional, que por ser unidireccional não passa de uma falácia...
Defendemos estas ideias das massas? Viva, somos pessoas de mente aberta, experimentados, vividos, super bons e super tolerantes porque respeitamos "os diferentes". Como? Fingindo que não são diferentes, que são iguais a nós, modelo de perfeição.
Se isto faz de Nós um bando de incoerentes? Sim. Ou não fôssemos esquecer que há "diferentes" que não pensam da mesma maneira e que também têm de ser respeitados, que também têm opiniões válidas, fundamentadas e pensadas e que não são só produtos da instrumentalização religiosa.
Parece-me que vos falta entender a diferença entre igualdade e diferença e igualdade na diferença. Mas se nem o conceito de igual e diferente dominam, quem sou eu para vos tentar ajudar?
Por isso, deixo-vos só com um pedido, que não é difícil entender:
POR FA-VOR, Senhores Donos da Verdade, Super Correctos e Tolerantes, abstenham-se de insultar, com palavras como "fanáticos", e atacar, de uma forma tão ou mais moralista, os que pensam de maneira diferente.
Muito obrigada.

Tudo isto, em geral. Não me refiro às pessoas cá de casa especificamente. 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Hoje pus uma das fotografias que tiraste, como fundo de ecrã, lembra-me o céu azul de Lisboa... Essa cidade que nunca foi realmente a minha, mas que hoje é.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Coisas de avó

"Por esta hora, há 51 anos, estava eu, muito bem disposta, com um bebé lindo nos braços."

terça-feira, 7 de maio de 2013

Youcook



Descobri o YOUCOOK e já estou uma cozinheira "pro"! Já cozinhei (com ajuda da malta cá de casa) tarte de limão e lasanha de requeijão e espinafres!!! 
Fica a promessa de uma jantarada quando voltar!!

Pequenos encontros

"Aqueles que passam por nós, não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós." Antoine de Saint-Exupéry

A vida tem daqueles pequenos encontros. Pessoas que passam por nós uma vez e que, provavelmente, nem uma mais. Mas, que naquela passagem tão breve deixam saudades. Pode parecer ridículo, mas acontece. 


sábado, 4 de maio de 2013

Estou rica!

Venho dizer-vos que vou para a cama de alma cheia e agradecida.
Porque hoje, é daqueles dias em que agradeço a Deus o ter-me trocado as voltas. 
Porque se as minhas voltas tivessem sido outras, não teria tido uma noite fantástica de conversa e risadas, com duas pessoas sem as quais já não sei caminhar. 
Porque se as minhas voltas tivessem sido outras, hoje a minha vida era muito mais pobre.

É Hora

Acabo de ser informada que a Fresca entrou em trabalho de parto! Cálculo que tenha sido mais ou menos assim:

http://www.youtube.com/watch?v=HOszaKvjLNM

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Afinal, como é que são as pessoas da Católica?

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Yve4FpaFRbY



Nem sei por onde começar...
Talvez pela  "idiotez" das brilhantes estudantes de Comunicação Social e Cultural, que conseguiram num só vídeo denegrir a imagem da Católica, das pessoas que lá andam, de si próprias e uma possível carga de pancada, para a míuda revoltada do parque de estacionamento. Parabéns minhas queridas, espero que o vosso trabalho seja bem cotado, com um zero.
Os alunos entrevistados dedicaram-se a dar todos os argumentos menos válidos que encontraram, ninguém se lembrou de dizer que na Católica há bolsas??? Para um bom aluno sai mais barato estudar na Católica, que em qualquer universidade pública! Mais, dão a ideia de que, por ser paga, a Católica é melhor e abre mais oportunidades. Mentira. Abre mais oportunidades porque tem uma óptima qualidade de ensino e os alunos saem de lá bem preparados. Cunhas? Isso já era, hoje em dia as grandes empresas querem os bons, não os bem.
"Margem sul"?? Pelos vistos, virou símbolo de integração social dos mais desfavorecidos, ahahah parece que somos uma mais valia, deixai que nos integrem!!
E a miúda de azul (a do parque de estacionamento)?? Ela-tem-um-problema. Vive claramente revoltada com o mundo e insatisfeita com a sua própria vida. Que ataque mais gratuito àqueles com quem convive todos os dias: "bebem cerveja e fumam" (que maus que são estudantes universitários a beber e a fumar?! Não posso!).  "Usam maquilhagem e põem saltos altos","Vestem roupa"(em TODO o lado as pessoas usam saltos altos e põem maquilhagem, e mais, vestem roupa. Se são mais giras que tu? Olha pouca sorte...)
Por favor, como em todas as universidades, deve haver de tudo, mas posso dizer que não conheço uma pessoa da Católica de quem não goste! Sorte? Sim. 
São bons alunos e esforçados, são boas pessoas que se dedicam a imensos projectos sociais (dos quais a Católica está cheia!), bebem cerveja (é verdade!) e fazem churrascos. Alguns fumam e todos têm bom fundo! (até os há BEM giros) 

Não estudou - Chegou -Chumbou

E lá se vão os foguetes do San Juan... Venha mais uma recuperação.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Presente de anos!!

Combinámos que a sua visita a Barcelona era o meu presente de anos. E que presente!! Foi um fim-de-semana fantástico que deu pra matar imensas saudades.
Mas, o namorado passava a vida a queixar-se de que isso não era presente. Eu, com toda a minha integridade, dizia sempre que ele não tinha razão, e nos dias bons ainda acrescentava um "não preciso de presentes, só que gostes de mim!", ou outra coisa do género.
Pois hoje, vendi-me totalmente a um fato-de-banho LINDO! Sinto-me ligeiramente culpada, mas convenço-me que era o que o M queria... 


http://www.asos.com/South-Beach/South-Beach-Lace-Swimsuit-With-Frill/Prod/pgeproduct.aspx?iid=2845874&cid=10118&sh=0&pge=0&pgesize=20&sort=3&clr=White

Estudante não é trabalhador #2

Pois não. O trabalhador hoje não trabalha (excepto o trabalhador M). O estudante estuda... 

Usar os argumentos certos

O S, com os seus 9 anos, bateu no irmão mais novo e ficou de castigo: uma semana sem ir ao football.
Chorou como se lhe tivessem dito que não vivia mais dois dias. Entre os choros e a birra, argumentava que "o football era a sua vida", "que ía ser o pior dia que ía viver"...
E no fim, antes de ir para o quarto, acrescentou: "Vocês vão acabar com a minha carreira!!!!"
E não é que consegiu o que queria?!

Estudante não é trabalhador

Pois não. O trabalhador hoje não trabalha. O estudante estuda... 

terça-feira, 30 de abril de 2013

OLÁ!! SURPRESA!!!! (gostam?)


A festa por aqui é outra

Vão ao supermercado e enchem-se de coisas boas. Batatas fritas, pizzas, chocolates e bolachas... Assim, enchem as despensa em jeito de preparação, para a grande noite do pijama que se adivinha.
Eu faço tudo isso e ainda compro canetas bic! Assim, encho a despensa em jeito de preparação, para a noite de estudo que se impõe.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Partidas- Departures

Há dias em que pensar nisto me faz rir. Durante a minha curta passagem por Arquitectura, pediram-nos que escolhêssemos um espaço. Não sei se lhe chamavam vital, essencial, especial... Fosse qual fosse o nome, a ideia era trabalhar sobre um espaço que nos fizesse sentir realmente bem. Ironia das ironias, escolhi a entrada do aeroporto de Lisboa. Sim, aquele espaço enorme e nada acolhedor que tem umas placas amarelas fluorescentes, que em tempos me fascinaram.
Esse espaço enorme e nada acolhedor, intrigava-me e fazia a minha mente voar a 100 à hora. Era um espaço que conduzia a infinitas possibilidades, que tinha para contar incontáveis histórias, de mil vidas, que na altura me pareciam mil vezes mais interessantes que a minha. Mas, acima de tudo, era um espaço com portas para a "liberdade".
Hoje, o espaço que outrora foi tudo e mais, no meu imaginário quase infantil, é lugar de "adeuses" que me custam a alma, cada um por si; lugar onde muitas lágrimas caíram e onde muitas mais hão-de cair. Hoje as portas que ontem se abriam para um imaginário indescritível, deixam antever a rotina e as obrigações que a vida impõe.
Mas, se há coisa que sei em cada adeus, é que nenhum é um adeus para sempre. Há uns de uns meses, outros de quinze dias, todos custam mais que não seja pelo ter que largar dos abraços. Mas por mais que custem, todos prometem, seja a quem tem pela frente uma viagem quase eterna, ou a quem volta para trás num banco de Metro vazio,  o consolo da rampa das chegadas.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Estou triste...

O meu computador apanhou herpes.

"Uma mão cheia de nada"

Já não é a primeira vez que à mesa desta casa vem à baila o tema da religião. Começamos sempre a falar de forma civilizada e não acabamos ao murro por sorte.
Entre os muitos assuntos relacionados está sempre o "dar uma educação católica (ou religiosa) aos filhos", como alguns dos nossos pais fizeram, ou "deixar-lhes a liberdade de um dia mais tarde escolherem".
Nascendo numa família católica, sou assim desde que me lembro e agradeço-o cada dia que passa. A forma como Deus enche a minha vida faz-me incrivelmente feliz todos os dias e não deixa que haja uma noite em que não vá dormir agradecida. Quando nestas discussões se ouve alguém dizer isto, ou algo do género, costuma saltar o argumento de que só somos assim porque foi o que os nossos pais nos "impingiram". Não é verdade. É impossível impigir uma crença profunda. Nós, como seres  críticos e dotados de raciocínio lógico, questionamos, naturalmente, num determinado período da vida, o que somos e para onde queremos ir. Não há católico /protestante/mulçulmano... crente de verdade que o seja porque alguém um dia o obrigou. As escolhas são-no por serem produto de questões e análise de opções, mesmo que mais inclinados, por natureza ou educação, para uma opção determinada, a escolha é livre. Se "fiquei com o que os meus pais me impigiram" não terá sido, com certeza porque o fizeram, mas sim porque depois de mo darem a conhecer o escolhi de livre vontade e com todo o gosto.
A falácia onde está? Está no uso da palavra "liberdade". É uma mentira dizer que lhes vamos "dar a liberdade de escolher", porque sem que se apresente uma qualquer opção não há escolha, se não há escolha não há liberdade. Como pode alguém escolher uma coisa que nem sabe que existe? E a verdade é que também essas crianças crescem com o que os pais lhes impigiram, mas neste caso não é um mundo infinito de amor, uma vida com promessas de eternidade. Neste caso, é nada. 

Estive 4 horas à espera...

Que a princesa chegasse a casa e se dignasse a ligar. Depois de muito esperar e já passando da hora que tinha planeado ir dormir, liga-me para me dizer que fui trocada pelos Smurfs...

domingo, 21 de abril de 2013

Maninhos, coSi, e não coZi, uma pata de porco!

Ligo para casa a contar a grande aula que tive e os meus irmãos depois de uma vida na mesma casa que eu, entendem e assumem que cozi patas de porco... Mas estamos todos doidos?! 

Linha e Agulha

Ando a fazer Cirurgia. É um módulo introdutório, só saber o básico. Não há cá cenas de Anatomia de Grey  para ninguém. Estamos no nível aprender a lavar as mãos...
 MAS, tivemos uma aula de SU-TU-RAS!!! Não sei se quero, ou sequer se me atrevo, a querer algum dia seguir caminho nessa área, já pra não dizer que me irrita todo o cliché à volta do assunto, mas confesso que ADOREI aquela aula!!
Foi uma coisa simples. Com meia pata de porco,um bisturi, uma par de pinças, agulha e linha aprendemos a fazer as suturas básicas. Foi incrível, desafiante, frustrante ao princípio e deu-me um gozo desgraçado no fim! 
Olhando à volta isso fez-me pensar: quantas daquelas mãos estarão a dar os primeiros passos num futuro que passa por fazer isto para o resto da vida. Quantos de nós estaremos um dia nostálgicos a pensar na primeira vez que pegámos num bisturi...

Não há cruz que o tempo não ajude a carregar

Depois de um mês sem computador, estou de volta!
A vida por aqui anda a mil e ficaram pelo caminho imensas coisas para contar.
Começo por vos contar da minha cruz dos últimos meses, EC, que não é novidade.
Se não ando a escrever este ano, se a desmotivação tomou conta da minha alma a isso se deve, à cadeira mais fácil do curso, mas que parece que não consigo, por nada, passar.
Basicamente começámos com este circo em Janeiro e a confusão foi-se instalando. Em duas ou três frases a coisa resume-se assim: A cadeira era péssima, uma seca e mal explorada. O meu grupo abp horrível e quase mudo. A minha professora, a maior atrasada mental que tive o prazer de conhecer.  E eu parva desde 1992, que em vez de baixar a bola e manter a boca calada, fiz questão de evidenciar todo o meu descontentamento da forma mais descarada possível. Pois, a ousadia barata paga-se caro.
Com isto voaram emails acesos de um lado para outro; discutimos cara a cara durante duas horas, que não acabaram aos estalo por acaso; chorei baba e ranho porque a injustiça é o pior sentimento do mundo. Fechei-me em casa uma semana, dormi 20 horas seguidas, li um livro em dois dias e milagrosamente a coisa voltou a tomar as proporções que devia. Deixou de ser O problema que me consume a vida desde Janeiro e foi guardada numa pasta, como lição de vida que há-de servir para alguma coisa no futuro.
Porque hoje sei, o que não sabia há quatro meses. Coisas que podem parecer óbvias mas que para mim não eram. Aprendi que não vale a pena esperar que adultos formados e ainda por cima médicos (esperava-se que tivessem uma componente humana e de justiça social bem desenvolvida), sejam todos pessoas justas e íntegras e que os valores morais andam curtos em todo o lado.
Aprendi que manifestar descontentamento é inútil e que nos pode arrumar bem arrumados.
Não aprendi a calar, mas sim a falar melhor quando vier a próxima. Se as consequências são as que são, azar. Porque hei-de chegar ao fim do curso e ao fim da vida e pensar que defendi o certo e não calei o que devia, e foi, dito.

domingo, 17 de março de 2013

Amigos

Todos temos aquele amigo que é particularmente atento aos outros. Aquela pessoa que nunca se esquece dos anos de ninguém, que oferece presentes pensados, repensados e cheios de carinho. Aquela pessoa que é sempre a primeira a ligar e que nunca se esquece de nós. 
Aquela pessoa que nos surpreende constantemente com gestos pequenos, mas que nunca nos passariam pela cabeça. 
Eu tenho um e sou lhe profundamente agradecida pelo exemplo diário que é.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Habemus Papam!

Temos Papa e o seu nome é Francisco! 
Fiquei ontem com a Luísa a ver o primeiro discurso do nosso querido Papa. Se pensarmos nisso, parece esquisito chamar-lhe "nosso" porque é Papa há menos de 24h. No entanto, é incrível como uma homem, que a maioria do mundo não conhecia ontem, já desperta tanto carinho.
Estávamos as duas impressionadas com a multidão que se encontrava numa noite de semana, durante o inverno de Roma, na Praça de São Pedro, à espera de um velhote de 76 anos. A forma gratuita como ali estavam impressionou-me. "Não há nada no mundo que mova assim as pessoas" foi o que a Luísa me disse, e isso é incrivelmente verdade!
Ver como os comentários zangados, daqueles que estão zangados e ninguém sabe bem porquê, foram abafados nas redes socias, nos jornais e na televisão pela alegria que transbordava o mundo, ontem à noite!
Um mundo que hoje acorda mais feliz porque chegou uma mensagem de esperança, porque se sentem ventos de mudança, um mundo que acorda com um Papa Jesuíta!
E no fim da noite foi impossível não rezar um: "Sabes mesmo trocar-nos as voltas!"

sexta-feira, 8 de março de 2013

Apagar fogos

Hoje ouvi o pior que se pode ouvir da boca de um professor. Não me disse que tinha feito as coisas mal (até disse que estavam bastante bem). Disse que eu NÃO CONSEGUI fazer as coisas.
Ser incapaz é o pior que se pode ser. Preferia que me tivesse chamado perguiçosa! 
Isto porquê? Propus-me a um objectivo, fiz a devida apresentação e ele achou que estava incompleta. Mas, fez questão de realçar que não era por culpa minha porque eu tonha feito O MEU MELHOR!! A culpa era do grupo porque me deram demasiado trabalho!!! Que trsiteza...
É verdade que estava incompleta mas porque eu achei que era assim que ele a queria, tendo em conta que na semana passada eu ia "a meio dos protões" e já me estava a mandar calar!
Depois de perceber que sou a mais burra do grupo, vim pra casa a pensar em profissões alternativas. E cheguei à seguinte conclusão: "queres salvar vidas? Vai pra bombeira".

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Querer, mas querer de verdade

"Querer". "Querer" é daqueles verbos que nos podem deixar muito mal ou muito bem, depende da situação. Se o Manelinho disser à sua mãe "Mãe eu quero um gelado!", o Manelinho vai ouvir um: "O menino não quer, o menino gostava." 
Agora, se o Manelinho disser "Mamã quero ser astronauta" os olhos da sua mãe brilham e a sua boca pronunciará um " Que bom!!".
 No futuro todos podemos querer, porque todos podemos conseguir.  Quem sabe se o Manelinho, de hoje para amanhã, não transforma aquela sua cabeça de burro, na cabeça de um pequeno génio que virá mesmo a ser um astronauta?! 
Não faz mal pedir e querermos coisas pra nós no futuro, porque como é no futuro, ninguém nos vai exigir a responsabilidade de provar que somos capazes. Porque, por enquanto, porque a Vida ainda não se encarregou de nos dar as ferramentas suficientes, ainda podemos ficar no sofá, à espera. Porque não é preciso querer de verdade.
Tudo isto porquê? Porque há uma coisa que quero "quando for grande", ou melhor, quando casar (M prepara-te porque vou precisar de ti!!), uma coisa que quero mesmo muito. Uma coisa que, quem sabe, não arriscarei num futuro mais próximo do que possam imaginar... Quero ter um escorredor de metal! Estou farta de lavar o escorredor da massa de plástico!



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Levar a Joana a ver o pôr-do-sol

Não sou, em geral, grande fã de blogs de viagens. Ou melhor, nunca me despertaram grande curiosidade. Ouvir falar das viagens dos outros? Mas, esta semana deparo-me, por circunstâncias da vida, com um blog que achei delicioso. É um blog sobre viagens, mas sobre muitas outras coisas. É daqueles que são escritos para nos deixar a pensar.
Esta conversa toda para quê? Ora, li por lá (queria encontrar o post mas já não sei dele), que alguém que viaja é constantemente confrontado com o erro. Porque esperam uma coisa e encontram uma coisa totalmente diferente. Achei o pensamento bastante curioso...
Ontem resolvi meter-me no carro com a Joana e com o A. e lá fomos nós até Montserrat. Montserrat é o santuário de referência da Catalunha (o que só descobrimos já em casa) no meio das montanhas. A Joana, que andou a fazer uma road trip pela Catalunha, já lá tinha estado, mas chegou tão tarde que já não pôde "subir" para ver o por do sol. Então, tinha esta fisgada.
Saímos de casa lá pro meio dia e metidos no carro esperávamos uma viagem de hora e meia, por estradas secundárias.Demorámos 4 horas. A culpa foi minha... Sou um péssimo co-piloto: tenho os óculos mal graduados, vou distraída metade do caminho e dobrei o mapa ao meio, escondendo deste modo, a estrada maravilhosa, em óptimas condições e não paga que apanhámos, depois, para casa...
Chegámos às 4 da tarde e deixámos o carro fora do santuário para não pagar o parque. Subimos toda a encosta e lá vamos nós. Chegando ao santuário em si, pedimos um mapa para subir a montanha para ver o tão ansiado pôr do sol.
"Ok, são quase 5 horas o sol põe-se às 6 e meia. 1 hora e meia para lá chegar." 
Começámos a subir, a subir, a subir.
 Escadas e escadas e escadas.
 30/40 minutos depois, mortas, a Joana e eu, sentádas numa pedra, perguntamos a uma senhora que descia quanto tempo faltava. Olhou pra nós com uma cara de "estás a gozar comigo, não?" e respondeu: "40 min a bom passo".
Duas horas depois continuávamos a subir.
Durante este tempo todo, a única coisa que pensava, era no post do tal blog. O viajante engana-se, certo? Isto quer dizer que esperamos, depois de este esforço todo, encontrar o por-do-sol perfeito para as fotografias, e vamos acabar num miradouro no topo de uma encosta virada a este.
Mesmo assim, já sem folgo, com o dia a ir-se e o nevoeiro a dar um ar da sua graça, desistir não é para nós. Vamos passando por bastantes "montanhistas" a descer, todos com os seus "paus de caminhada" e altamente equipados. Nós vestidos como se estivessemos a caminho da faculdade.
Duas horas e meia depois, já o caminho pela montanha estava bem deserto chegámos. Íamos cansados e movidos pela teimosia.
E não é que o blog tinha razão?!
Estávamos enganados e bem enganados! Chegámos, sem querer, a um dos sítios mais bonitos que já vi.
O cume de uma montanha que estava a cima das nuvens. Um pôr-do-sol que queimava o céu.


Só gostava que desse para perceber a imensidão deste sítio


( foi neste blog que li o que li : http://preconcept.wordpress.com/)

" Hi Stranger"

Entre a falta de bom humor e o excesso de tempo, consegui encaixar a vontade de não escrever. Faltam-me o ânimo, a confiança e talvez acontecimentos para contar.
Mas quero mudar. Quero escrever mais, com a mesma vontade com que quero ler mais, ver mais, conversar mais e dar mais.
Quero mas não sei se vou.
Ultimamente a vida sabe-me a pouco. Não a Vida, mas esta vida. Especialmente hoje que ainda ressaco de três dias cheios de coisas boas, óptima comida, pouco sono e muita companhia; três dias cheios de banalidades que não merecem ser contadas, mas que hei-de guardar para mim porque me fazem feliz, muito feliz.



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Não há melhor que Receber um telefonema de Angola às 4 da tarde

Ganhei a tarde quando atendi o telefone a alguém no outro lado do Equador. Uma voz "estoica", como de costume, mas que me pareceu esconder um pequeno rasgo de entusiasmo e excitação. Afinal de contas estão 31º e o escritório do costume mundou de continente! 

Roberta Sá e António Zambujo - Novo Amor (@ Espaço Brasil, Lx Factory)

sábado, 19 de janeiro de 2013

E por isso existem os gordos e os magros...

Em cima da mesa ficaram os restos. Um prato com salada e um prato com batatas fritas.
Passa a Luísa e acaba com a salada.
Passa a Francisca e acaba com as batatas fritas. (eram poucas M!)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

"Pépa", não podia deixar passar ou não era gente

Pépa, Chanel, carteiras e tons anasalados é tudo o que se lê por aí. Ok, a míuda é fútil, ou melhor disse uma coisa fútil. Revelou-se bastante egocêntrica e tem com certeza as prioridades um pouco trocadas.
Agora daí, a ser atacada na internet como foi? Escandalizam-me estes comportamentos! Escandaliza-me e irrita-me a cobardia de quem comenta com toda a leviandade, e pouca educação, a página do facebook, dedicada à causa, escondido atrás de uma pequena fotografia. Comentários violentos, ordinários e tão ou mais fúteis que "a mala da Pépa".
Pergunto-me onde anda a tolerancia ou a caridade. Onde está o perdão e o amor de que se falava há 2 semanas atrás. 
Será que alguém parou para pensar, no meio deste massacre de só mais uma pessoa fútil do nosso país, nas consequências que isso lhe pode trazer e na tristeza que deve estar a sentir? 
E  para os que criticam com um ar superior, o que ganham?