domingo, 28 de junho de 2015

O últmo "parto" do ano (como ela lhes chama)

Cheguei ao fim com a barra de energia no zero, mesmo. Tenho tanto para dizer, tanto para agradecer e tanto para registar... Mas há um cansaço arrasador que não me deixa pensar. 2 dias extra, por uma pessoa extraordinária. Está quase.
Deus queira que isto saia... POR FAVOR.

sábado, 27 de junho de 2015

O nosso amor

O nosso amor é complicado. Não foi daqueles amores à primeira vista. Nem sequer foste a minha primeira escolha. Mas a única que me abriu a porta. Precisei de 4 anos. 1 ano para ter saudades tuas, 2 para te chamar casa, 3 para mudar de país, 4 para que nascesse carinho por ti no meu coração.
Sei bem quando foi, lembro-me do fim de semana. Do dia em que pensei que não queria estar em nenhum outro lugar.
Ganhaste, sou tua. 


(último dia do 4º ano)

terça-feira, 23 de junho de 2015

Desvio

Uma pessoa enfia-se numa faculdade a 1200 km de casa e pensa " é desta que fico sem amigos... Ou pelo menos os que sabem falar português".
Vai daí, passam 4 anos e as tuas amigas que andam a fazer uma roadtrip por estas terras, vão à porta da biblioteca só para te dar um beijinho. Sou uma sortuda!

sábado, 20 de junho de 2015

State of mind

F.

Porque há histórias que merecem ser contadas

E esta, ainda que tenha sido há três exames atrás (porque por aqui, é como se conta o tempo) merece ficar escrita. Para mim.
Recebi uma visita. Veio dormir cá em casa no dia antes do exame. Parece um loucura, mas eu não soube dizer que não. Nem queria. 
Assim que, passei na estação de comboios, à meia noite e meia, para o apanhar. O meu exame era só às três da tarde.
Duas horas antes, estava a chorar baba e ranho na biblioteca do hospital diante daquele dossier, que nesta altura do campeonato ainda pode comigo. Numa agonia (desproporcionada?), de quem tem uma pedra no caminho que mais parece uma muralha de 100 metros.
Chegou e trouxe tudo o que eu precisava: chocolate, vodka polaca (ficou por abrir nessa noite) e um amigo daqueles que são de sempre. 
Passeámos até às tantas, contou-me mil histórias das suas aventuras na Polónia e ri à gargalhada. 
Quando na manhã seguinte foi embora, para continuar com a vida dele, eu continuei com a minha. Mas, mais feliz, mais leve e relembrada de que a Vida é muito Mais. 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

...

Tá tudo já de férias. Hoje acabam o 4º ano. Eu não. 
Acabem depressa semanas deprimentes de calor e frustração!

domingo, 14 de junho de 2015

Braços vigorosos e perfumes perigosos

Por muito que se queixem de que não são espanhóis, não há senhora na missa que não leve o seu leque. Coisa que há primeira vista pode parecer maravilhosa (sento-me atrás desta que parece ter um vigoroso abanar, que me refresca a missa inteira), é na verdade uma armadilha.
Entre nós e o leque fica, o que é na verdade, um perfume assassino, que nos dá a volta ao estômago durante toda a homilia. 

sábado, 13 de junho de 2015

Ser gigante sem ninguém saber

A minha mãe é uma "fera silenciosa".
Hoje, já na cama, comecei a pensar que tipo de mulher queria ser. Corri pela cabeça a maioria das minhas amigas. Parei na minha mãe.
Pela primeira vez na vida consegui encontrar uma expressão que faça jus ao seu carácter. Faz tempo que penso nisso e até agora não conseguia encontrar justiça nas minhas descrições.
Suponho que isso também seja daquelas coisas que vem com a idade. Porque para dizer a verdade nem aos 3 anos, quando o pai e a mãe são os melhores do mundo, se lhes faz justiça. Um dia cresces e reparas que afinal são só humanos, que também se enganam e até que, às vezes, não têm razão.
Mas eu percebi que a minha mãe tinha mais razão do que eu pensava.
Lembro de ser adolescente e pensar que não queria ser como a minha mãe. Irritava-me ver como se fazia pequenina em tudo o que fazia. Irritava-me, particularmente, o que me parecia ser uma certa "submissão" em relação ao meu pai. Sempre pensei para com os meus botões (se não o disse) que comigo ia ser diferente!
Hoje, que a adolescência já não canta, tenho vergonha do que pensei. Tenho vergonha porque demorei a reconhecer naquela pequenez uma grandeza extraordinária. Tenho vergonha porque demorei uns bons 20 anos para perceber que as pessoas extraordinarias são pequeninas. Demorei a perceber que se a minha mãe não se fizesses pequena não podia caber nas nossas caixinhas muito mais reduzidas e insignificantes.
Acho que já escolhi, quero ser como a minha mãe.

domingo, 7 de junho de 2015

Chega aquela época do ano

Em que o facebook se enche de fotografias de pessoas que acabam o curso de medicina. O meu coração começa a bater mais depressa, porque parece que afinal há esperança.