quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ter saudades

Quando estamos longe de casa temos saudades de muita gente, de muitas tradições, de muitos sítios. Eu hoje tenho saudades da comida. Tenho saudades de comer bacalhau (seja de que maneira for), tenho saudades do pão alentejano, da broa de milho, dos mil e um queijos portugueses... Tenho saudades dos doces de ovos de Aveiro, dos beijinhos das Caldas da Rainha, das tortas de Azeitão e do típico pastel de nata lisboeta. Tenho saudades das sopa de cenoura da Cristina, do arroz de pato da Guilhermina e dos pasteis de massa tenra da Maria... 



segunda-feira, 28 de maio de 2012

Arquitectura verde

Hoje abri um documento que tinha nos confins do computador. Chama-se Carta para Inglaterra.  É, basicamente, a carta que escrevi quando me candidatei às faculdades inglesas.
É impressionante o quão pouco gostei do que li. Não gostei dos argumentos utilizados, não gostei de ter que reconhecer que pouco ou nada conhecia as minhas próprias motivações e razões. Também não me martirizo, não podia pedir ao meu eu de 17 anos as coisas que hoje são, mais que pedidos, constantes obrigações do dia-a-dia...
Isto para dizer o quê? Que tenho pena. Tenho pena que sejam a experiência e o tempo que nos ensinam as coisas. Sim, é bom para criar memórias e, no fim de contas, fica aprendido. O problema é que isso significa que vamos pela vida sempre a saber um pouco menos do que deveríamos.
Somos arquitectos verdes. Não temos o curso acabado. Vamos por aí lançados em novos projectos todos os dias. Sonhamos e construímos o melhor que podemos. O problema é que no fim há prédios lindos (por sorte, ou destreza particular de algum sortudo) e há prédios que caem em cima de nós, porque nos esquecemos de coisas tão simples como alicerces.
Pensamos "não faz mal para a próxima faço melhor". Esquecemos-nos é que entretanto deixámos bastantes trabalhadores das obras, alguns engenheiros e dois ou três peões que passavam, debaixo da derrocada. Chato, não?

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Há frutos que exigem mais de nós

Não posso deixar de vos informar:
1. As bananas NÃO podem ir ao frigorífico. Apodrecem.
2. As bananas NÃO podem ficar ao sol. Apodrecem.


Fica a dúvida: Onde podem guardar-se as bananas?
Fica a resposta: Em todo o lado que não seja a gaveta do frigorífico ou a janela.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Hoje olhei para uma caixa com dois filipinos, que tinha em cima da secretária, e pensei:" Francisca tu tens tanta sorte!"

De volta às origens

Tenho um problema com as portas do banco. Que banco? Todos! Cada uma abre à sua maneira, mas todas de maneira igualmente complexa. Resultado, quando vou ao banco parece que saí de uma caverna e que é a primeira vez que tenho obstáculo entre divisões, que não uma pedra que se tem que rolar parao lado.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Apesar da vida nem sempre correr com queremos. Apesar das recentes derrotas nas pequenas batalhas do dia-a-dia. Apesar de tudo, estou feliz. 
Hoje é dia de festa! Hoje fazem anos os meus gémeos preferidos!
E é de alma cheia, que quando à noite for dormir e me puser a rezar, Lhe vou agradecer o dom que é a vida deles, o h grande que os dois ganharam nos últimos anos, o coração gigante que têm. Mais, vou agradecer-Lhe a sorte que tenho de que sejam uma parte TÃO grande da minha vida, o facto de serem gémeos perfeitamente distinguíveis, o facto de terem IMENSO jeito para escolher namoradas e pelas pessoas fantásticas que estes dois trouxeram à minha vida.


Queridos M&P  sou mais feliz por vossa causa! Obrigada!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

sábado, 12 de maio de 2012

Só para que não haja equívocos:

Estes sãos os meus planos para hoje:

Planos para hoje à noite?

Pretty Woman

Fabuloso destino de Amelie Poulain

 Cinema Paraíso

O amor é o melhor remédio

 A Vida é Bela

Meninas do Calendário

O Discurso do Rei

O Leitor

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Hoje é daqueles dias

Em que se pudesse, despedia-me do curso e de qualquer trabalho ou obrigação que venha a ter. Depois mudava-me pro Brasil, para uma praia deserta.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Coleccionadoras de memórias

Ando, faz tempo, a pensar nisto. É uma característica tão feminina quanto o espreitar para dentro de um carrinho de bebé e soltar o típico “Oh”, nem que seja em surdina. As mulheres são em geral seres coleccionadores. Coleccionamos todo o tipo de coisas. Não só a nível material. Gostamos de coleccionar coisas para fazer, coleccionar objectivos alcançados, coleccionar a primavera verão 2012/2013… Mas, em particular, e mais inconsciente que qualquer outra colecção está a colecção de memórias. 
As mulheres gostam de coleccionar memórias e ter histórias para contar. E não é uma coisa que passe com a idade, ou não se repetiriam as avós, vezes e vezes sem conta,  a contar as histórias dos seus rebentos, dos quais somos rebentos, que já ouvimos mil e uma vezes, só naquele dia.
Acho que é uma coisa que, sim, vem com a idade. Vem com o deixar de ser criança. Vem com o crescer para o mundo, assumindo a pouco e pouco as funções que a este género competem. Vem com o dia em que decidimos passar as bonecas às primas e começar a por em prática aquilo que andamos a treinar há mais de uma década.  
Começa-se pelas conversas de amigas, as festas do pijama, as contas exorbitantes de telefone. Os segredinhos na casa de banho, os bilhetes passados durante as aulas. A partilha daquelas esperanças quase 100% infundadas. Depois vem, para as mais crescidas, a partilha da experiência: O primeiro beijinho, a primeira vez que saímos à noite, o amigo do amigo que disse que éramos mesmo giras…
É uma colecção que visa a partilha ou, como as más línguas se atreveriam a chamar, a exibição.  No mundo feminino a experiência, ou a experiência da não experiência, são  altamente valorizadas. E por isso, as mulheres coleccionam memórias.
Primeiro sonham com elas, planeiam. Depois levam com a porta na cara e não encontram nada do que planearam. Contudo, o seu cérebro assegura-se de as convencer que a experiência vivida, que se guarda no albúm das memórias,  ocupa muito mais espaço e fica muito melhor naquele livro, que a originalmente pensada. E assim vão pela vida. Entretanto aproveitam o que se conquista para juntar ao albúm e, se possível, exibir vezes sem conta. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Poesia

Sabiam que usamos o mesmo reflexo para espirrar e para fazer cocó? Giro, não é?

domingo, 6 de maio de 2012

A Biologist's Mother's Day Song (AHAHAHAAH!!!!)

Hoje usei uma lata de café para fazer uma caixa para guardar "pinturas"


Luisa Sobral- "Mama" (Spice Girls)



Feliz dia da Mãe!

" Não encontrei nada do que pedi, mas encontrei tudo o que precisava"

Sem dar conta, nem valor, sempre vivi num sítio cheio de Deus. Um Deus presente, cuja presença se reflectia na vida de quem me rodeava. 
 Estar rodeada de pessoas que falavam d'Ele com fervor; ter um mãe beata que nos ensinou a rezar o terço; ir à missa a uma igreja sempre apinhada, com músicas mesmo giras; ter mil e um amigos beatos, que são exemplos de todas as maneiras e que me vão ensinando imensa coisa; viver um namoro cheio de Deus eram coisas que faziam parte do meu dia-a-dia, que me enchiam a alma sem que desse por isso. 
Quando cá cheguei encontrei uma cidade vazia, um sítio onde a vida parecia correr sem que alguém se lembrasse de que Deus existe. Encontrei uma cidade com igrejas sem ninguém, onde não há um grupo/associação católica. Assumi que neste sítio se caminha sem ninguém ao lado, ou com duas ou três velhotas e um padre (que não lhes fica atrás), que estão na missa de domingo.  
E assim passei o Outono, cheia de ciúmes de todos aqueles que deixei em casa. Com vontade de também ir às missas cantadas, aos retiros, às peregrinações, aos escuteiros e às palestras.
Mas, porque as nossas certezas levam sempre um 10 a 0 no que toca a Deus, as minhas não foram excepção. Encontrei aquilo de que estava certa que não existia. 
Não encontrei pior, não encontrei melhor. Encontrei diferente. 
Encontrei companhia para a missa, a Júlia (não vizinha) e estou convencida de que nós conseguimos baixar a média de idades para 30! Encontrei a envangelista mais amorosa, que me ensinou que Deus preenche a vida de quem o procura, mesmo em caminhos diferentes dos nossos e que me manda videos e músicas beatas (em português!), quando acha que estou a precisar de ser animada. Encontrei gente que me desafia constantemente e que me faz questionar imenso a minha fé e procurar respostas. Encontrei um padre amoroso que dá as melhores homilias. Encontrei consolos. Encontrei desafios. 


sábado, 5 de maio de 2012

Ser responsável

O Salvador tem 8 anos, é irmão mais velho do Vasco e da Carminho. Acontece que a Carminho está com febre e o Salvador tem uma festa hoje à tarde. Então encheu-se de responsabililidade e disse:
- Mãe, vou-lhe dizer uma coisa, mas a mãe não leve a mal... Eu acho que ficava bem um de vocês (pais) ficar em casa com a Carminho...


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Hoje na aula de anatomia

O professor estava a fazer a lista das funções da cartilagem do nariz e dizia: Esta estrutura serve para definir as duas alas do nariz, para lhe dar forma, dá de comer aos cirugiões plásticos... Achei graça.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

MIGUEL NÃO LEIAS QUE TE QUERO CONTAR!! (vais ficar muito orgulhoso) Título oficial: Que bom, já não sou um bebé!!!

E querem saber porquê?
Se pudesse fazia hoje um jantar com todos e contava! Mas, já que não posso, cá vai (não se entusiasmem, não é assim tão genial):


Sempre fui pessoa de protestar com conceitos. Nunca fui pessoa de protestar com os serviços. Ou seja, se numa lojas as meninas eram incompetentes e idiotas, daquele género que só apetece dizer-lhes das boas, e me atendiam horrivelmente, eu fazia um sorriso e antes de sair da loja ainda dizia "boa tarde e obrigada". (Continuo a fazer isto...)
A questão extendia-se às pessoas. Quando a minha Ju dizia: " Hoje estive para limpar a cozinha, mas depois pensei que tu fazias..." eu sorria e dizia : " Oh Ju!". (Apesar de pensar por dentro: "és um idiota chapada, limpa tu".)
Mas, hoje tudo mudou! 
Passo a explicar:
Disse à Luísa que sim (referência à história da casa, ler post mais abaixo). Já sabia que a casa era de 3 e que ainda eramos duas. Ontem, disse-me assim a Luísa: "Olha Francisca, há um rapaz do segundo ano que me perguntou se temos um quarto. Eu disse-lhe que não sabia, porque queria falar contigo primeiro." Ao que a burra responde: " Aaaa... Parece-me óptimo! Deixa-me só vê-lo no face." (E pensava ao mesmo tempo: "NÃOOOOOO, não quero partilhar a casa, e muito menos a casa-de-banho, com um rapaz que não conheço de lado nenhum!!!) Continuei a sorrir.
Mas hoje, ganhei coragem! Disse que não queria e perguntei-lhe, numa pilha de nervos (eu sei, sou ridícula), e num discurso super ensaiado, se não queria mudar-se só comigo. E não é que ela pensava o mesmo mas não tinha dito nada porque achava que eu queria mesmo aquela casa!!! Que maravilha! 
Já andámos a ver T2, quando encontrar o tal comunico!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Querida Ju,

Duas ou três coisas que os teus pais te deviam te ensinado antes de te mandarem partilhar um espaço com alguém:
1. O caixote do lixo  é um espaço finito. Não é por continuares a encher o saco que ele vai milagrosamente aumentar.
2. Não são só as panelas que precisam de ser lavadas. Se se cozinha e se deixa a bancada suja é necessário limpar. Quando isso não acontece, cria-se uma acumulação de gordura e outras coisas que, atrevo-me a dizer, tranformam a nossa cozinha no espaço mais inflamável desta residência.
3. Entendo que não te apeteça lavar a loiça mal acabes de jantar. No entanto, NÃO podes acumular garfos no teu quarto! Só há dois e também me fazem falta. (repara que ando a jantar há dois dias com um colher)
4. Há um objecto conhecido como "vassoura" . Serve para limpar os bocadinhos de pimento que caem no chão e as migalhas de tudo o que possas imaginar!!! É um objecto genial.


E fico-me por aqui. Por hoje.