terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Querer, mas querer de verdade

"Querer". "Querer" é daqueles verbos que nos podem deixar muito mal ou muito bem, depende da situação. Se o Manelinho disser à sua mãe "Mãe eu quero um gelado!", o Manelinho vai ouvir um: "O menino não quer, o menino gostava." 
Agora, se o Manelinho disser "Mamã quero ser astronauta" os olhos da sua mãe brilham e a sua boca pronunciará um " Que bom!!".
 No futuro todos podemos querer, porque todos podemos conseguir.  Quem sabe se o Manelinho, de hoje para amanhã, não transforma aquela sua cabeça de burro, na cabeça de um pequeno génio que virá mesmo a ser um astronauta?! 
Não faz mal pedir e querermos coisas pra nós no futuro, porque como é no futuro, ninguém nos vai exigir a responsabilidade de provar que somos capazes. Porque, por enquanto, porque a Vida ainda não se encarregou de nos dar as ferramentas suficientes, ainda podemos ficar no sofá, à espera. Porque não é preciso querer de verdade.
Tudo isto porquê? Porque há uma coisa que quero "quando for grande", ou melhor, quando casar (M prepara-te porque vou precisar de ti!!), uma coisa que quero mesmo muito. Uma coisa que, quem sabe, não arriscarei num futuro mais próximo do que possam imaginar... Quero ter um escorredor de metal! Estou farta de lavar o escorredor da massa de plástico!



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Levar a Joana a ver o pôr-do-sol

Não sou, em geral, grande fã de blogs de viagens. Ou melhor, nunca me despertaram grande curiosidade. Ouvir falar das viagens dos outros? Mas, esta semana deparo-me, por circunstâncias da vida, com um blog que achei delicioso. É um blog sobre viagens, mas sobre muitas outras coisas. É daqueles que são escritos para nos deixar a pensar.
Esta conversa toda para quê? Ora, li por lá (queria encontrar o post mas já não sei dele), que alguém que viaja é constantemente confrontado com o erro. Porque esperam uma coisa e encontram uma coisa totalmente diferente. Achei o pensamento bastante curioso...
Ontem resolvi meter-me no carro com a Joana e com o A. e lá fomos nós até Montserrat. Montserrat é o santuário de referência da Catalunha (o que só descobrimos já em casa) no meio das montanhas. A Joana, que andou a fazer uma road trip pela Catalunha, já lá tinha estado, mas chegou tão tarde que já não pôde "subir" para ver o por do sol. Então, tinha esta fisgada.
Saímos de casa lá pro meio dia e metidos no carro esperávamos uma viagem de hora e meia, por estradas secundárias.Demorámos 4 horas. A culpa foi minha... Sou um péssimo co-piloto: tenho os óculos mal graduados, vou distraída metade do caminho e dobrei o mapa ao meio, escondendo deste modo, a estrada maravilhosa, em óptimas condições e não paga que apanhámos, depois, para casa...
Chegámos às 4 da tarde e deixámos o carro fora do santuário para não pagar o parque. Subimos toda a encosta e lá vamos nós. Chegando ao santuário em si, pedimos um mapa para subir a montanha para ver o tão ansiado pôr do sol.
"Ok, são quase 5 horas o sol põe-se às 6 e meia. 1 hora e meia para lá chegar." 
Começámos a subir, a subir, a subir.
 Escadas e escadas e escadas.
 30/40 minutos depois, mortas, a Joana e eu, sentádas numa pedra, perguntamos a uma senhora que descia quanto tempo faltava. Olhou pra nós com uma cara de "estás a gozar comigo, não?" e respondeu: "40 min a bom passo".
Duas horas depois continuávamos a subir.
Durante este tempo todo, a única coisa que pensava, era no post do tal blog. O viajante engana-se, certo? Isto quer dizer que esperamos, depois de este esforço todo, encontrar o por-do-sol perfeito para as fotografias, e vamos acabar num miradouro no topo de uma encosta virada a este.
Mesmo assim, já sem folgo, com o dia a ir-se e o nevoeiro a dar um ar da sua graça, desistir não é para nós. Vamos passando por bastantes "montanhistas" a descer, todos com os seus "paus de caminhada" e altamente equipados. Nós vestidos como se estivessemos a caminho da faculdade.
Duas horas e meia depois, já o caminho pela montanha estava bem deserto chegámos. Íamos cansados e movidos pela teimosia.
E não é que o blog tinha razão?!
Estávamos enganados e bem enganados! Chegámos, sem querer, a um dos sítios mais bonitos que já vi.
O cume de uma montanha que estava a cima das nuvens. Um pôr-do-sol que queimava o céu.


Só gostava que desse para perceber a imensidão deste sítio


( foi neste blog que li o que li : http://preconcept.wordpress.com/)

" Hi Stranger"

Entre a falta de bom humor e o excesso de tempo, consegui encaixar a vontade de não escrever. Faltam-me o ânimo, a confiança e talvez acontecimentos para contar.
Mas quero mudar. Quero escrever mais, com a mesma vontade com que quero ler mais, ver mais, conversar mais e dar mais.
Quero mas não sei se vou.
Ultimamente a vida sabe-me a pouco. Não a Vida, mas esta vida. Especialmente hoje que ainda ressaco de três dias cheios de coisas boas, óptima comida, pouco sono e muita companhia; três dias cheios de banalidades que não merecem ser contadas, mas que hei-de guardar para mim porque me fazem feliz, muito feliz.