terça-feira, 11 de dezembro de 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

"Então meu amor, como foi o jantar?"

"Foi óptimo! A Carlota, amorosa como sempre, sabe que nós gostamos de petisquisses e fez um jantar só de petisquisses!"

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ridiculamente geracional

As gerações de "acima" têm a tendência a vangloriar-se da enorme lista de "atrasos de vida" que os rodeou enquanto cresciam. Não sei se por tristeza escondida, ou por desilusão com o que têm feito com o mundo, consolam-se com as coisas que, a seu ver, são desgraças na vida dos mais novos e que, por alguma razão, acabam por enaltecer a sua própria posição. 
Passo a explicar: "somos da geração que cresceu sem telemóveis e que mesmo assim não perdia o contacto com os amigos; somos da geração que andava sem cinto no carro; somos da geração das fraldas de pano..."
Como é que andar sem cinto no carro, usar um pano à volta do rabo, que as mães tinham que lavar, não ter telefone numa emergência pode ser algo que os valoriza? 
Que nos contem as coisas grandes que fizeram e a maneira como mudaram o mundo, os planos que tinham e os que concretizaram. Mostrem-nos e façam-nos ser agradecidos por vivermos no mundo que, por vossa causa, é melhor. Digam-nos antes, que inventaram os telemóveis porque sentiam falta da mobilidade que hoje têm, contem-nos que se lembraram de fazer fraldas descartáveis porque não quiseram mudar as fraldas aos vossos filhos como as vossas mães o faziam, mostrem-nos as estatísticas que reflectem o número de vidas que um cinto de segurança salvou. 
Nesse dia sim, seremos uma geração agradecida que vos olha com o interesse ou fascínio que vocês procuram despertar. Porque na verdade, saber que as vossas pobres mães tinham que lavar as vossas fraldas, não abona a vosso favor.