quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Nervos

Primeira práctica. O meu coração está aos saltos e estou cheia de medo...

G está on fire!




Pois é semana de San Narcis e a cidade está em festa. Há todo o tipo de eventos sociais. Missas, espectáculos, feiras, "Barracas"( espaço tipo feira com barraquinhas que vendem comida e bebida, é preciso dizer algo mais?) e coisas tipicas e tradicionais que, por serem tão típicas e tradicionais, têm nomes que não elucidam ninguém.
Pois sábado à noite pergunto ao Fil se quer ir às barracas e diz-me: " Vou ao Correfoc. Vem também e traz roupa pouco inflamável."
"Ok..." penso eu. (roupa pouco inflamável?!)
Deduzi pelo nome, cuja tradução literal seria algo como "corre fogo", que seria um espectáculo com fogo, mas quer dizer, não exageremos "dúvido que salte alguma faísca pra plateia...".
Mas não. Pelos vistos aqui literal é literal.
Chegamos ao centro e vejo toda a gente vestida com roupa velha, cabelo, boca e mãos tapadas.
Exagero?
NÃO!
Demos por nós no meio de um "espéctaculo" que consistia em esconder entre a multidão diablos que do nada acendiam umas coisas que rodavam a arder e enchiam as pessoas de faíscas!!!
Inexplicável...
Resultado, queimei-me no pescoço, porque ia mal preparada e voltei com a minha camisola preferida cheia de buracos (queimada). Uma loucura, mas a adrenalina mais louca de sempre!!!

domingo, 27 de outubro de 2013

A ti, querida G, em quem descarrego todas as frustrações

Pois tive uma noite no mínimo surreal. E senti uma coisa que não sentia há muuuuuito tempo: gosto pela cidade onde vivo.
Hoje, esta cidade, que na maioria dos dias me parece um antro de esquerdistas de mente quadrada, mostrou-me que quem tem a mente quadrada sou eu, que por me limitar aos trajectos entre a faculdade e as bibliotecas, não lhe dou o devido valor.
Verdade seja dita, querida G és uma cidade pequena mas encantadora, uma cidade antiga e recuperada com todo o cuidado, uma cidade cheia de jardins escondidos e ruelas apertadas,  uma cidade que podia ter saído de um filme italiano romântico.
(a noite hei-de a contar, mas agora tenho que dormir)




sábado, 26 de outubro de 2013

Magia: ELA EXISTE

O aborrecimento dos últimos dois meses criou na minha vida uma sensação de ocupação plena. Acredite-se, ou não, fazer pouco, ou nada, deixa-nos sem tempo para fazer seja o que for.
E é por essa razão, que este blog se encontra moribundo.

De qualquer maneira, acabo de encontrar o momento certo para vos surpreender. 
Descobri que sou feiticeira. Pois, eu sei que estas coisas devem ser guardadas para nós e tal, porque nos podem querer roubar os poderes, mas tendo em conta o número de leitores, acho que é seguro partilhar.
Eis a lista dos meus poderes:

Encolher o espaço: Consegui, nestes últimos meses, tornar esta cidade num espaço ainda mais pequeno, mais fechado, quase sufocante ( e ainda dei um jeito, num ou dois pares de calças).

Interferir com tecnologia: Pois no intervalo de uma semana destruí o computador do meu querido namorado, sem sequer me dar conta (temi pelo nosso namoro confesso) e consegui fazer do copo da bimby um objecto maior que a base, resultado o copo não encaixa.

Afastar as pessoas com a mente: Pois, é sábado à noite, festas da cidade, e eu estou sentada no sofá porque não tenho quem me leve a dançar (mete pena não mete?).







quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Querida Carlota,

Esqueci-me, entre entre correrias e egoísmos, a razão pela qual escrevia neste blog. Escrevia para que tu (e outros como tu) pudessem viver um bocadinho desta minha vida aqui. 
Não por mim, mas por ti. Para que tu soubesses, que apesar de longe, podes contar comigo. Para que tu não te esquecesses que, ainda que a mil km, eu continuo aqui.
Pois hoje, estou triste. Dou-me conta entre mensagens de skype, que o erasmus de sonho (como todos os sonhos) tem tido os seus precalços e que eu, de cabeça tão enterrada na minha própria vida, nem me dei conta. 
Sei que já está tudo encaminhado e isso deixa-me descansada, mas faz me querer voltar aos eixos. E por "eixos" entenda-se, evitar que estes tempos sem conversa e sem novidades não voltem a acontecer. Não deixar que as coisas se passem sem que me dê conta, sem que tente, ao menos, fazer alguma coisa para ajudar.
Por isso, aqui estou outra vez.