sábado, 31 de janeiro de 2015

O, repito O Pedido

Fui pedida em casamento, hoje.
Hoje, dia 31 de Janeiro, às 00.22h, fui pedida em casamento. Falámos sobre isso muitas vezes, mas não esperava que fosse já.
Não foi o pedido dos meus sonhos, mas foi um pedido que só podia mesmo ter saído da cabeça do meu M. Tão característico que quase foi querido.
Foi assim: " Francisca, queres casar comigo já este ano? Poupavamos imenso nos impostos, e, se quiseres, podes ficar com a diferença."
...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Believe me: é "des-gosto" genuíno

Esta é daquelas confissões, que ninguém acredita. Porque parece impossível que num planeta com 7000 milhões de pessoas, haja alguém a discordar da crença global, que é fazer anos é bom.
Sim, há pessoas que não gostam de fazer anos. 
Mas, não podem dizer! Não se pode dizer, porque ou se inspira pena, ou se faz o outro acreditar que se está a chamar desesperadamente a atenção, e afinal o que se quer é uma surpresa(sim também há quem ODEIE SURPRESAS).
Mas pronto:
Sem consideração pelas opiniões em geral, e porque este blog é meu, e para que fique registado que sempre fui assim, e que não é por fazer 40 anos que digo o que digo: ODEIO FAZER ANOS!
Não, não é pelo passar do tempo, por me tornar mais velha. Fazer anos é inevitável, parte da vida, uma coisa neutra. Nascemos, ponto. Não é isso que me desperta emoções. 
É sim, toda a convenção social de que há que celebra-lo.
1. Não há mérito absoluto em nascer. Assim porque não dar mais atenção as mães e não aos filhos?
2. É uma trabalheira para quem faz anos, que acaba o dia com dores nos músculos da cara de tantos sorrisos ter que distribuir.
3. A não celebração é um claro indicador de que algo falhou. Assim que todos os não celebradores são obrigados, pelas convençoes que nos foram impostas em criança, a sentirem-se horríveis. Seja por  por estar a 1000km de casa, por terem exames ou por terem que jantar comida de microondas e um queque com uma vela. Porque na realidade as pessoas de longe estão longe e as de perto estão afogadas em livros e em café.
  (tudo coisas normais, que num dia normal não aquecem nem arrefecem, e que no dia de anos nos fazem sentir like a million bucks DEBT).

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

:)

Lembro-me que no primeiro ano não me ria à gargalhada. Ou melhor, era raro. Lembro-me de pensar nisso e sentir saudades de tudo e de todos, e das dores de barriga de rir, até não poder mais. Sempre achei que a quantidade de rizadas de doer a barriga são um bom medidor de "verdade". De verdade, no sentido em que são um bom medidor do que de mais genuíno há, em cada relação humana. Porque aquela risada do fundo da alma, não sai por qualquer um.
E sabes que mais? Ontem ri, até não conseguir respirar, ri até cair pro lado, ri à gargalhada. E depois reparei que faz tempo, que rir à gargalhada entrou na minha rotina...

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Família Espanhola

Tenho uma gripe de caixão à cova e um exame a semana que vem. Exames à parte, passei o dia a lamuriar-me. A pensar como queria a minha mãe, ou o M. Alguém que me fizesse um chazinho e me desse remédios. A sentir pena de mim mesma, por ter que ser eu a fazer o chá. 
Quando os meus níveis de pena própria já atingiam níveis ridiculamente altos, a campainha tocou.
Era a Giselle.
Veio, às 8 da noite, saída da biblioteca, ao outro lado da cidade, para me trazer um presente para "griposas desesperadas". 
Pode-se ter mais sorte que eu?



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Time travel

Os correios, que costumam demorar duas semanas a enviar os pacotes de correio urgente e registado, sabe-se lá porquê, adiantam-se sempre no que toca a presentes de anos.
Como já é costume, por volta dos dias 20 do mês de Janeiro, costumo receber um pacote do FUTURO!
Sim! Um pacote (que já por si, adoro!), com a data do dia 31 de Janeiro! Pretty awesome...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Coffee in 10 years?

Hoje, não.
Mas um dia, quando for embora, quando estiver sentada num café, a 10 anos de distância, do dia em que esta viagem acabar, os meus olhos hão-de olhar, cheios de lágrimas, esses anos que passaram.
Estes dias, que hoje são a rotina mais rotineira, que são as frustrações do dia-a-dia, que são as obrigações da faculdade, que são as asneiras e as lições; que são as saudades mortais e ao mesmo tempo esquecidas; que são los cafés con leche e os caminhos matinais, com a G, pro hospital; que são os "novos" amigos, que há muito, que de novos não têm nada...
Estes dias, hão-de, estupidamente, fazer-me chorar de saudades.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Por correio azul, de preferência

Eu sei que não é por mal... Que é curiosidade. 
Mas, odeio. Hoje, pelo menos.
Ter que dar explicações, constantes, sobre a forma como vivo. Ser a diferente (no mau sentido). Ter que ouvir, todo o santo dia, como a Igreja faz/fez aquilo e o outro...
Alguém me pode mandar um carregamento de beatos, um "club" de universitários, um coro para cantar na missa e um pack de actividades com cerca de 1500 pessoas, que inspiram e se deixam inspirar?
Eu sei que "só os peixes mortos vão a favor da corrente", mas há dias em que ser peixe morto não me parece mal...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

NAMORADA





Vi este filme e lembrei-me de ti, M. Até vem mesmo a calhar com os meus anos...

Da vida toda. Para a vida toda. Com a vida toda.

Gosto de poder olhar para traz e ver que fizemos caminho. Que crescemos, que cresci ao teu lado.
Gosto de olhar para a frente e ver que nos falta muito caminho, por percorrer. 
Gosto de ter os olhos fechados e saber que és tu, aqui e agora.
Gosto de ver que as decisões da nossa vida se vão tornando mais reais, mais consolidadas, menos criança. mais verdadeiras. Gosto de conseguir reconhecer em mim aquela calma (que é novidade), que caracteriza os grandes passos, na direcção certa. 
Porque, na realidade, o caminho não são dias. As decisões não se tomam de um dia para o outro. E as promessas não têm prazos de validade. 
Gosto de reconhecer em nós aquela maneira de viver, que não é um treino para quando o caminho chegar, mas os primeiros passos num caminho para a vida toda.

domingo, 18 de janeiro de 2015

É que nem é o ser sobre, é o ser só.

Hoje vi uma "comédia" e acabei em lágrimas. 
Não de riso, nem de tristeza. De raiva.
O filme estava classificado como comédia. Era sobre o aborto. Mas, eu pensei (e porque me foi aconselhado) que fosse só um erro...
Era realmente um erro. De comédia, só mesmo o facto de a personagem principal viver enganada o filme inteiro.
Tinham-me dito que a história falava sobre o aborto e que era um filme que não tomava posições. Que tinha uma perspectiva "realista"/"limpa"(?) sobre o tema... Estúpida de mim, que achei que isso era possível.
Uma coisa horrível, triste e deplorável. A leveza (que foi o que provavelmente agradou os, "tão pra frente", críticos de cinema) com que se fala daquela "opção".  
A "opção" que é óbvia solução.
A unilateralidade... o lado "único", da questão.
A banalidade!
A "tradição"???!!!!!! (sim a mãe conta o seu aborto entre piadas e a melhor amiga ainda lhe chuta com o discurso da libertação da mulher...)
O fim: um aborto e um filme no sofá... 

ARHARHARAAAARGRHRGRGR!!!!!!!!

Obvious Child, é o nome do filme. Esqueceram-se de escrever o NOT, entre as duas palavras...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Solução para os próximos 70 anos

Agora que se acabaram as "obras", e as coisas, cá dentro e lá fora, já estão em condições, venho aqui deixar-te o primeiro post do ano. Para ti M, uma solução.A solução para os nossos dilemas de indecisão alimentária. 
Aos que não sabem, passo a explicar: 
Nos últimos 5 anos, o M e eu, dedicámos mais tempo (do pouco que temos juntos) a decidir onde almoçar e jantar, que nas refeições por si ( até porque sou uma alarve e posso comer um bife em 3,5 min).  Gostava de dizer que a culpa não é minha. Mas, é em 15%. Porque considerando que, hoje em dia, não sou eu quem banca a maioria dos almoços e jantares, tenho, pela lei da lógica que ter menos poder de decisão. O que acontece é que aqui (ou aí?) o senhor consultor, rei do pensamento lógico, embica em deixar-me escolher para me fazer feliz, mas não se lembra de que sou ainda mais indecisa que ele, e portanto o que me faz feliz é o que ele escolha. A velha história da torrada...
Detalhes à parte, ouvi esta frase no filme Le Week-End, e disse "é isto!": 
"You choose lunch, I choose dinner"
Problem solved.