segunda-feira, 28 de maio de 2012

Arquitectura verde

Hoje abri um documento que tinha nos confins do computador. Chama-se Carta para Inglaterra.  É, basicamente, a carta que escrevi quando me candidatei às faculdades inglesas.
É impressionante o quão pouco gostei do que li. Não gostei dos argumentos utilizados, não gostei de ter que reconhecer que pouco ou nada conhecia as minhas próprias motivações e razões. Também não me martirizo, não podia pedir ao meu eu de 17 anos as coisas que hoje são, mais que pedidos, constantes obrigações do dia-a-dia...
Isto para dizer o quê? Que tenho pena. Tenho pena que sejam a experiência e o tempo que nos ensinam as coisas. Sim, é bom para criar memórias e, no fim de contas, fica aprendido. O problema é que isso significa que vamos pela vida sempre a saber um pouco menos do que deveríamos.
Somos arquitectos verdes. Não temos o curso acabado. Vamos por aí lançados em novos projectos todos os dias. Sonhamos e construímos o melhor que podemos. O problema é que no fim há prédios lindos (por sorte, ou destreza particular de algum sortudo) e há prédios que caem em cima de nós, porque nos esquecemos de coisas tão simples como alicerces.
Pensamos "não faz mal para a próxima faço melhor". Esquecemos-nos é que entretanto deixámos bastantes trabalhadores das obras, alguns engenheiros e dois ou três peões que passavam, debaixo da derrocada. Chato, não?

5 comentários:

  1. Ainda vais a tempo de voltar para o Técnico e amadureceres essa arquitectura!

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  2. Serás sempre a minha arquitecta preferida.

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  3. Oh Pedrinho isso são tudo saudades? Don't worry, I'm coming!!

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  4. Criar escreve-se com i!!! LOL
    Ó espanhola, não não sabes falar Português?

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