domingo, 21 de abril de 2013

Não há cruz que o tempo não ajude a carregar

Depois de um mês sem computador, estou de volta!
A vida por aqui anda a mil e ficaram pelo caminho imensas coisas para contar.
Começo por vos contar da minha cruz dos últimos meses, EC, que não é novidade.
Se não ando a escrever este ano, se a desmotivação tomou conta da minha alma a isso se deve, à cadeira mais fácil do curso, mas que parece que não consigo, por nada, passar.
Basicamente começámos com este circo em Janeiro e a confusão foi-se instalando. Em duas ou três frases a coisa resume-se assim: A cadeira era péssima, uma seca e mal explorada. O meu grupo abp horrível e quase mudo. A minha professora, a maior atrasada mental que tive o prazer de conhecer.  E eu parva desde 1992, que em vez de baixar a bola e manter a boca calada, fiz questão de evidenciar todo o meu descontentamento da forma mais descarada possível. Pois, a ousadia barata paga-se caro.
Com isto voaram emails acesos de um lado para outro; discutimos cara a cara durante duas horas, que não acabaram aos estalo por acaso; chorei baba e ranho porque a injustiça é o pior sentimento do mundo. Fechei-me em casa uma semana, dormi 20 horas seguidas, li um livro em dois dias e milagrosamente a coisa voltou a tomar as proporções que devia. Deixou de ser O problema que me consume a vida desde Janeiro e foi guardada numa pasta, como lição de vida que há-de servir para alguma coisa no futuro.
Porque hoje sei, o que não sabia há quatro meses. Coisas que podem parecer óbvias mas que para mim não eram. Aprendi que não vale a pena esperar que adultos formados e ainda por cima médicos (esperava-se que tivessem uma componente humana e de justiça social bem desenvolvida), sejam todos pessoas justas e íntegras e que os valores morais andam curtos em todo o lado.
Aprendi que manifestar descontentamento é inútil e que nos pode arrumar bem arrumados.
Não aprendi a calar, mas sim a falar melhor quando vier a próxima. Se as consequências são as que são, azar. Porque hei-de chegar ao fim do curso e ao fim da vida e pensar que defendi o certo e não calei o que devia, e foi, dito.

1 comentário:

  1. Que bom este blog estar de ovo no activo, que eu ja tinha saudades de ler estes posts maravilhos e tão bem escritos!!
    nota a parte - essa mulher é uma vaca com V grande

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