terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Eles entram um a um, silenciosos e demorados. Ele, de pé em frente à porta, chama-os pelo apelido, como quem chama um prisioneiro para a forca. São caras cansadas. São caras receosas.Em fila vão deixando os seus pertences em cima do estrado, como quem sabe que já não vai voltar a precisar deles. Ela, uma mulher de grande porte, olha os de alto abaixo com um ligeiro sorriso na ponta da boca. Há quem diga que é sádica. Há quem tenha pena. Dizem que simplesmente não sabe o que faz. E assim, os rostos marcada pelo cansaço avançam de cabeça baixa. Sentados, nervosos olham atentamente aquela folha escrita. O que vem depois? Nenhum sabe. O exame começa.

3 comentários:

  1. a leitora mais regular diz que...26 de fevereiro de 2012 às 18:46

    não está certo prolongar o suspense desta maneira! os teus queridos leitores têm saudades!

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  2. Hey, eu é que sou o leitor mais regular!

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