Às vezes tenho pena, outras vezes irrita-me. Mas, todos os dias tenho saudades. Tenho saudades do meu Pai. Eu sei que é esquisito ter saudades de um Pai que está vivo. Mas, eu tenho. Porque o meu pai já não existe.
Tenho saudades do Pai que não está doente. Do Pai que era o meu exemplo e a minha bússola. Tenho saudades do Pai que chamava à minha Mãe "A minha namorada", do Pai que nos mimava com bolachas e batatas fritas, do Pai que me ensinou a adorar os meus irmãos (porque os irmãos "são os nossos melhores amigos"), do Pai a quem devo o estar aqui.
Às vezes, penso em ligar. Mas, depois lembro-me. Lembro-me que do outro lado do telefone já não está o meu Pai. Está alguém que eu não conheço. Está o pai que o A. conhece e não merece, o pai que o M. não precisa, o pai que partiu o coração do D..
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