quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Para que saibas...

Sinto medo e alegria. Uma alegria imensa que me enche todos os minutos do dia. Uma alegria desproporcionada, que reproporciona tudo à minha volta a uma escala muito mais verdadeira. Uma alegria que dói, tal é a ânsia do que está para vir. Uma alegria infantil de quem não conhece.
Não conhece, mas espera.
Espero com pouca tranquilidade, ou pelo menos, com menos do que a que devia. Com pouca sensatez, talvez com nenhuma. Mas, se não fosse essa insensatez, nem valia a pena. A insensatez, que está escondida atrás do tradicional. Que deixa que o caminho mais comum, pareça fácil porque é comum; que pareça simples porque somos muitos e o normal reconforta. Mas, que me faz sentir uma pontinha de orgulho, como quem faz uma coisa radical, sem ninguém saber.
Anseio, mais que tudo, quando a noite acabar, o minuto em que caia em mim. Em que olho para ti e de repente, somos outra coisa completamente diferente. O minuto em que tudo acaba, em que tudo começa. Um silêncio de uma vida.
Quero que tomes conta dela. São 25, sei que não é muito... mas para mim, é tudo. Quero que tomes conta dela, não como se fosse tua, porque para além do ser, as pessoas nunca tomam tão bem das coisas delas, como das coisas dos outros. Eu dou-ta. Eu escolhi e continuo a escolher que ela seja tua. Mas, por favor toma bem conta dela.
Não quero não estar à altura. Não quero que o meu egoísmo escondido, de a quem falta tanto por ver, me faça algum dia não responder com o amor que a Vida pede de mim.
Aceito, que não vai ser sempre fácil. Aceito que no pacote venha um velhote preso num corpo dum quase trintão. Aceito que somos opostos na maioria das coisas (desde que tu aceites que isso me dá um gozo desgraçado). Aceito o que a vida nos trouxer, desde que te tenha comigo.
E o que não? Que algum dia acordes ao meu lado sem esperança, porque se mA dás é bom que confies que a tua Vida será sempre a minha maior responsabilidade. 

1 comentário: