segunda-feira, 23 de abril de 2012

Rosas e histórias de amor

Hoje, saí de casa e para meu espanto a rua estava cheia de gente com flores! Comecei a pensar se era dia da mãe, é que sou péssima com estas datas. Quando cheguei à faculdade, armada em ignorante, lá fui ilucidar-me sobre esta questão. "Hoje é dia de Saint Jordi!" disseram-me. Explicaram-me que é tradição, aqui na Catalunha, que os namorados/maridos ofereçam uma rosa às namoradas/mulheres e que elas, em retribuição lhe ofereçam um livro! 
O que me encantou foi ver que tradição está viva! Adorei ver a rua cheia de flores, ver os portões da escolas abertos para que as crianças pudessem vender as rosas, ver as velhotas do autocarro cada uma com a sua. Ri-me com um rapaz, com os seus 16 anos, vestido para a ocasião, muito penteado, que esperava nervoso, com um gigante ramo, que lhe abrissem a porta do prédio onde tinha tocado à campainha.  
E no meio desta multidão, achei particular graça a um casal, já com os seu anitos de experiência, que saía do autocarro. O senhor saíu primeiro. Depois, estendeu a mão à sua mulher, como quem convida para dançar, que de olhar satisfeito e rosa na mão saíu para a rua. E foram à vida deles.


Era uma vez um vila, onde os seu habitantes viviam cheios de medo, porque nas montanhas vivia um dragão. Para que não atacasse os habitantes davam-lhe um rebanho de tempos a tempos. 
Acontece que um dia acabaram-se as ovelhas. Para evitar uma catástrofe fizeram um acordo: entregar-lhe um habitante uma vez por mês.
E assim se passaram meses, anos. Num certo dia, foi a Princesa quem saiu na rifa. Lá foi o rei triste e cabisbaixo, entregar a sua única filha. Saint Jordi, vendo a tristeza daquele pai prometeu salvar a Princesa.
Pois, com a sua espada, matou o dragão. Jazia já morto, quando da mancha de sangue no chão, nasceu uma rosa. Saint Jordi colheu-a e ofereceu-a à Princesa. Apaixonada por aquele jovem cavaleiro, forte e generoso ofereceu-se para se casar com ele e fazê-lo um homem de coração cheio.
Ouvindo isto, Saint jordi respondeu: "Não posso, vou salvar o mundo." E partiu.






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