sábado, 8 de março de 2014

Desencantos

2013 foi daqueles anos para esquecer, uma angústias do princípio ao fim. Foi o ano em que aprendi que a vida não é justa. 
Ficar a saber que a Vida não é justa não é uma coisa que aconteça aos 21. As injustiças da Vida fazem-se sentir, de vez em quando, quase desde que nascemos. Agora, deixar de esperar que algum dia a Vida não seja assim, perder esperança de que as coisas mudem, isso sim, requer algum desencanto. E o desencanto só vem com a idade.
Não estou totalmente desencantada, enquanto há Vida há esperança, isso não deixa de ser verdade. Mas, estou vacinada.
Acho que saí de casa de um Pai, para perder o conforto, o abraço e a confiança. Percebi que afinal esse Pai, como os outros pais todos do mundo, não era como eu pensava. O meu olhar infantil perdeu-se no caminho, a minha confiança cega ganhou um par de óculos e o meu Pai agora vive numa casa bem longe da minha.
Continuamos a dar-nos, ligo-lhe quando posso, faço um esforço.  Vou visitá-lo uma vez por semana, mas as nossas conversas já não são o que eram. Conto-lhe os meus problemas, mas já não espero que mos resolva. 
Crescer é duro.

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