terça-feira, 27 de março de 2012

Já dizia o "Avô Zé": "O tempo não se tem. O tempo usa-se."

Pois bem, no meu caso, acho que é mais o tempo que me usa a mim. Passando a seu belo rítmo. Quando quero que vá mais devagar, porque os calhamaços que esperam que eu os decore são "mais que às mães", passa como se corresse a maratona. Nos dias em que me sento nas cadeiras do aeroporto, esperando ansiosamente o avião, para poder voltar a ver aqueles de quem mais gosto, transforma as minhas horas em dias infindáveis. Não há direito!
Pois bem, e porque corre, ou caminha a passo lento, a seu belo prazer, deixa-me completamente perdida, a sonhar com o dia de amanhã, que "por certo, será mais fácil".
A verdade é que não há dia de amanhã em que o tempo tenha a decência de se adaptar às minhas necessidades. Resultado, cá vou tentando apanhar as pontas, das mil coisas que a vida me vai exigindo e não há ponta que me fique na mão por mais de dois minutos. E assim, depois de tantos dias a entregar-me de corpo e alma aos poucos projectos a que me proponho, chego à conclusão de que não há um cuja dedicação seja a suficiente, e consequentemente que chegue a bom porto. 

1 comentário: