Não sei se é pelo medo de que tudo tenha passado tão depressa, se é porque nunca passa nada, que deixei de passar por aqui.
Queria ter passado muito mais, ter vivido muito mais, para guardar muito mais... E a 11 SEMANAS (?!), sinto-me a 11 anos. Na tranquilidade de quem sabe que a vida vai ser assim para sempre e ignora, rendondamente, os fins e os princípios que este ano vai trazer.
Querida Carlota,
quarta-feira, 22 de março de 2017
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Resoluções de um quarto de século
1. Ter o mesmo pin em todos os cartões e mudá-lo LOGO quando meto no multibanco;
2. Responder aos wapp's e mensagens quando chegam;
3. Estender a roupa, quando a máquina pára;
4. Passar de mono-food a uma alimentação variada;
5. Cumprir alguma das 4 antriores;
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Para que saibas...
Sinto medo e alegria. Uma alegria imensa que me enche todos os minutos do dia. Uma alegria desproporcionada, que reproporciona tudo à minha volta a uma escala muito mais verdadeira. Uma alegria que dói, tal é a ânsia do que está para vir. Uma alegria infantil de quem não conhece.
Não conhece, mas espera.
Espero com pouca tranquilidade, ou pelo menos, com menos do que a que devia. Com pouca sensatez, talvez com nenhuma. Mas, se não fosse essa insensatez, nem valia a pena. A insensatez, que está escondida atrás do tradicional. Que deixa que o caminho mais comum, pareça fácil porque é comum; que pareça simples porque somos muitos e o normal reconforta. Mas, que me faz sentir uma pontinha de orgulho, como quem faz uma coisa radical, sem ninguém saber.
Anseio, mais que tudo, quando a noite acabar, o minuto em que caia em mim. Em que olho para ti e de repente, somos outra coisa completamente diferente. O minuto em que tudo acaba, em que tudo começa. Um silêncio de uma vida.
Quero que tomes conta dela. São 25, sei que não é muito... mas para mim, é tudo. Quero que tomes conta dela, não como se fosse tua, porque para além do ser, as pessoas nunca tomam tão bem das coisas delas, como das coisas dos outros. Eu dou-ta. Eu escolhi e continuo a escolher que ela seja tua. Mas, por favor toma bem conta dela.
Não quero não estar à altura. Não quero que o meu egoísmo escondido, de a quem falta tanto por ver, me faça algum dia não responder com o amor que a Vida pede de mim.
Aceito, que não vai ser sempre fácil. Aceito que no pacote venha um velhote preso num corpo dum quase trintão. Aceito que somos opostos na maioria das coisas (desde que tu aceites que isso me dá um gozo desgraçado). Aceito o que a vida nos trouxer, desde que te tenha comigo.
E o que não? Que algum dia acordes ao meu lado sem esperança, porque se mA dás é bom que confies que a tua Vida será sempre a minha maior responsabilidade.
Não conhece, mas espera.
Espero com pouca tranquilidade, ou pelo menos, com menos do que a que devia. Com pouca sensatez, talvez com nenhuma. Mas, se não fosse essa insensatez, nem valia a pena. A insensatez, que está escondida atrás do tradicional. Que deixa que o caminho mais comum, pareça fácil porque é comum; que pareça simples porque somos muitos e o normal reconforta. Mas, que me faz sentir uma pontinha de orgulho, como quem faz uma coisa radical, sem ninguém saber.
Anseio, mais que tudo, quando a noite acabar, o minuto em que caia em mim. Em que olho para ti e de repente, somos outra coisa completamente diferente. O minuto em que tudo acaba, em que tudo começa. Um silêncio de uma vida.
Quero que tomes conta dela. São 25, sei que não é muito... mas para mim, é tudo. Quero que tomes conta dela, não como se fosse tua, porque para além do ser, as pessoas nunca tomam tão bem das coisas delas, como das coisas dos outros. Eu dou-ta. Eu escolhi e continuo a escolher que ela seja tua. Mas, por favor toma bem conta dela.
Não quero não estar à altura. Não quero que o meu egoísmo escondido, de a quem falta tanto por ver, me faça algum dia não responder com o amor que a Vida pede de mim.
Aceito, que não vai ser sempre fácil. Aceito que no pacote venha um velhote preso num corpo dum quase trintão. Aceito que somos opostos na maioria das coisas (desde que tu aceites que isso me dá um gozo desgraçado). Aceito o que a vida nos trouxer, desde que te tenha comigo.
E o que não? Que algum dia acordes ao meu lado sem esperança, porque se mA dás é bom que confies que a tua Vida será sempre a minha maior responsabilidade.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Tenho alguma pena de andar a 1000km de distância deste blog. Mas, por principio, só escrevo se me apetece e, francamente, raramente me apetece. Mas, hoje sim.
Apetece-me, meio em stress por ter tudo em atraso (como é hábito), fazer um balanço.
Custou-me voltar. Não por falta de hábito, mas porque, de repente, a minha cabeça está noutra. E o meu coração ainda mais.
Está nO dia 15. Está lá de mil maneiras, mas principalmente e finalmente, da maneira que eu queria. Está centrada no essencial e isso é suficiente para me deixar nas nuvens. Está cheia de medo, mas isso está sempre, e mais agora.
A medicina essa, está onde não devia. Estou noutra, então não estou nela. Vivo a pensar que este ano sobra. E sobra. Mas ainda assim, tenho a certeza de que em setembro me vai faltar um e a pena de não ter vivido este como deve de ser (ao segundo!) vai ser imensa.
Tenho q fazer o esforço de "cambiar el chip".
Aproveitar e aproveitar por em 6 meses se esgotam seis anos.
Que medo e que "ganas"!
Apetece-me, meio em stress por ter tudo em atraso (como é hábito), fazer um balanço.
Custou-me voltar. Não por falta de hábito, mas porque, de repente, a minha cabeça está noutra. E o meu coração ainda mais.
Está nO dia 15. Está lá de mil maneiras, mas principalmente e finalmente, da maneira que eu queria. Está centrada no essencial e isso é suficiente para me deixar nas nuvens. Está cheia de medo, mas isso está sempre, e mais agora.
A medicina essa, está onde não devia. Estou noutra, então não estou nela. Vivo a pensar que este ano sobra. E sobra. Mas ainda assim, tenho a certeza de que em setembro me vai faltar um e a pena de não ter vivido este como deve de ser (ao segundo!) vai ser imensa.
Tenho q fazer o esforço de "cambiar el chip".
Aproveitar e aproveitar por em 6 meses se esgotam seis anos.
Que medo e que "ganas"!
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
6
Ao princípio, foi porque nas viagens de autocarro me lembrava sempre de coisas para escrever. Depois ganhei-lhe o hábito e depois carinho. De repente, começo a ler para trás e vejo que passaram anos. Mas anos dos gordos, tipo 4 ou 5.
Sempre achei que quando chegasse aqui ia escrever com mais vontade, numa ânsia de deixar cada detalhe bem registado. Vai na volta a ânsia tira a vontade de escrever e o que te vai na cabeça passa a ser demasiado teu para se escrever... ou pelo menos aqui.
E de repente, aquele sonho secreto de imprimi-lo todo de golpe e deixá-lo no meio da mesa do café, entre aqueles livros que nunca ninguém abriu, deixa de fazer sentido, porque um livro sem o último capítulo só frustra.
Sempre achei que quando chegasse aqui ia escrever com mais vontade, numa ânsia de deixar cada detalhe bem registado. Vai na volta a ânsia tira a vontade de escrever e o que te vai na cabeça passa a ser demasiado teu para se escrever... ou pelo menos aqui.
E de repente, aquele sonho secreto de imprimi-lo todo de golpe e deixá-lo no meio da mesa do café, entre aqueles livros que nunca ninguém abriu, deixa de fazer sentido, porque um livro sem o último capítulo só frustra.
sábado, 19 de novembro de 2016
Já sou MEDIC! (WHAT?!)
Porque vieste, displicente, dar a volta à minha vida, para dar sentido ao que vem depois, ficou tudo por contar...Aquele 5º, cheio de coisas boas, perdido num segundo.
Agora, de volta à casa dos meninos perdidos, e cheia de medo de acordar amanhã e estar de fita amarela ao pescoço, agradeço o que passou e rezo para que o que ainda falta passe bem devagar. "Cada coisa no seu tempo e que cada tempo na sua hora"
Agora, de volta à casa dos meninos perdidos, e cheia de medo de acordar amanhã e estar de fita amarela ao pescoço, agradeço o que passou e rezo para que o que ainda falta passe bem devagar. "Cada coisa no seu tempo e que cada tempo na sua hora"
quarta-feira, 22 de junho de 2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
quinta-feira, 9 de junho de 2016
A estranha sensação de não ter casa
Isto não é uma queixa, nem muito menos. Vem de uma alma profundamente agradecida pela oportunidade que a vida lhe deu. Vem de uma alma que reconhece a graça dos 5 anos que já passaram e que não os trocava por nada.
Mas, tenho uma sensação de não ter chão. A de ter raízes, sim. De ter uma família maravilhosa, que me há de receber, cada vez que por lá passo, de braços abertos, sem dúvida. Mas a de não ter poiso. De já não ter lugar. Não porque me tenham substituído, ou por falta de vontade dos que lá ficaram. Porque sei que se um dia voltar a minha família gigante e incrível vai lá estar de braços abertos. Mas, é dar-se conta, cada vez mais, de que o que já foi casa, hoje é parte de uma história para guardar.
Fui embora com a certeza de que era provisório. De que os anos estavam contados. De que iam ser esses e não mais. Os planos direitinhos, casa à minha espera.
Mas quando vamos embora, estupidamente (e de uma forma egoísta) temos a secreta esperança que esperem por nós. Que de alguma maneira nos guardem aquele lugar que tínhamos. Não sei se é assim com toda a gente, mas comigo foi assim.
Mas o tempo passa e para se agarrar a um lugar faz falta deixar o outro ir. Não vale ter os pés entre dois barcos. E enquanto nos vamos habituando e fazendo uma vida longe, deixando entrar a outros, vivendo outra realidade, outra língua, outras maneiras de ver o mundo, a gente que la fica também. Aprendem a preencher o vazio que deixamos (porque todos deixamos), com a rotina do dia-a-dia e com a vida, que graças a Deus anda para a frente. E o vazio, que se vai enchendo de coisas novas e boas, substitui-se por uma saudade nostálgica e pela alegria de quem sabe que as saudades valem a pena.
E nós cá deste lado, uma dia voltamos, para passar a semana, e vemos que a alegria de ganhar o mundo tem um preço. Que podemos estar ou não dispostos a pagar, mas que como todas as escolhas da vida, tem um preço. O preço de voltar e ver, que a vida continuou sem ti. Que as festas de anos não acabaram, que há batizados e casamentos; casas novas, vidas novas, gente que vai e que vem. Que o teu irmão de nove anos de repente tem catorze e já está mais alto que tu, que a nova namorada do não sei quantos já é mulher dele e que o "senhor da padaria de toda a vida" bateu as botas há dois anos, e tu nem percebeste.
Não me interpretem mal. É uma alegria vê-los tão felizes e resolvidos, tão independentes de ti e tão confortáveis. É um descanso e uma liberdade saber que o tempo e a leveza desta vida tudo resolvem. Mas é estranho.
Estranho acordar um dia, quase no fim de um caminho, e perceber que afinal o para a frente já não passa mais por lá.
Mas, tenho uma sensação de não ter chão. A de ter raízes, sim. De ter uma família maravilhosa, que me há de receber, cada vez que por lá passo, de braços abertos, sem dúvida. Mas a de não ter poiso. De já não ter lugar. Não porque me tenham substituído, ou por falta de vontade dos que lá ficaram. Porque sei que se um dia voltar a minha família gigante e incrível vai lá estar de braços abertos. Mas, é dar-se conta, cada vez mais, de que o que já foi casa, hoje é parte de uma história para guardar.
Fui embora com a certeza de que era provisório. De que os anos estavam contados. De que iam ser esses e não mais. Os planos direitinhos, casa à minha espera.
Mas quando vamos embora, estupidamente (e de uma forma egoísta) temos a secreta esperança que esperem por nós. Que de alguma maneira nos guardem aquele lugar que tínhamos. Não sei se é assim com toda a gente, mas comigo foi assim.
Mas o tempo passa e para se agarrar a um lugar faz falta deixar o outro ir. Não vale ter os pés entre dois barcos. E enquanto nos vamos habituando e fazendo uma vida longe, deixando entrar a outros, vivendo outra realidade, outra língua, outras maneiras de ver o mundo, a gente que la fica também. Aprendem a preencher o vazio que deixamos (porque todos deixamos), com a rotina do dia-a-dia e com a vida, que graças a Deus anda para a frente. E o vazio, que se vai enchendo de coisas novas e boas, substitui-se por uma saudade nostálgica e pela alegria de quem sabe que as saudades valem a pena.
E nós cá deste lado, uma dia voltamos, para passar a semana, e vemos que a alegria de ganhar o mundo tem um preço. Que podemos estar ou não dispostos a pagar, mas que como todas as escolhas da vida, tem um preço. O preço de voltar e ver, que a vida continuou sem ti. Que as festas de anos não acabaram, que há batizados e casamentos; casas novas, vidas novas, gente que vai e que vem. Que o teu irmão de nove anos de repente tem catorze e já está mais alto que tu, que a nova namorada do não sei quantos já é mulher dele e que o "senhor da padaria de toda a vida" bateu as botas há dois anos, e tu nem percebeste.
Não me interpretem mal. É uma alegria vê-los tão felizes e resolvidos, tão independentes de ti e tão confortáveis. É um descanso e uma liberdade saber que o tempo e a leveza desta vida tudo resolvem. Mas é estranho.
Estranho acordar um dia, quase no fim de um caminho, e perceber que afinal o para a frente já não passa mais por lá.
sábado, 4 de junho de 2016
Hello antebraço!
Tanto trabalho, na primária, para aprender o que era um braço e uma perna, para depois chegar a trauma e perceber que afinal nao é nada disso...
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Queres conhecer o vizinho da frente?
Vai para a varanda, armada em mecânico, com a roupa mais ridícula do teu armário (a.k.a. boxers da feira, com uma fitinha de cetim cosida para dar um lacinho, e uma t-shirt daquelas que nem para dormir). Acrescenta-lhe uma depilação duvidosa, um cabelo nojento (estilo porteira dos anos 90).
Et voilá, até acende a luz para te ver melhor...
Et voilá, até acende a luz para te ver melhor...
quarta-feira, 18 de maio de 2016
De ontem
Ía escrever: "Muitos parabéns e que venham muitos mais!", mas depois pensei no pão de sementes e na alface toda que vocês comem e disse, cá para mim: "para quê? Muitos mais já todos sabemos que vêm...".
Então, decidi escrever: "Muitos parabéns só".
Parabéns gémeos!
(Future trip:
Então, decidi escrever: "Muitos parabéns só".
Parabéns gémeos!
(Future trip:
terça-feira, 17 de maio de 2016
Hoje tirei a tarde
(Ando numa de tirar tardes... E porque como são os teus anos M., acho que mereço) E soube-me que nem ginjas! Por a conversa em dia com as amigas de sempre. Há melhor?
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Ui,ui olha o que ela cresceu...
Não querendo agoirar, nem chapar nas vossas caras bonitas a minha felicidade barata, venho por este meio comunicar que não tenho, neste momento nada, ABSOLUTAMENTE NADA, de que me queixar.
Tudo começou esta tarde, quando, sentada na entrada do prédio, falava com o M. ao telefone. Estava de super mau humor (por ser uma desorganizada irresponsável que não estudou Francês). Queria imenso queixar-me e entrar naquelas conversas em que lhe conto como tudo corre mal.
Vai daí e nada.
Tudo a correr bem... Os exames? passados; o dia-a-dia numa boa. Trauma nem me chateia. Camarões cada vez mais perto de serem verdade. E o Miguel chega depois de amanha!
Nada. Zero. Nenhuma queixa a acrescentar (devo-me estar a esquecer de alguma coisa).
Sabem que mais? Sou mesmo feliz. Hoje.
Tenho vontade que cheguem outras fases. Mas que venham só no tempo em que têm que vir. Sem pressas. Que esta vida tem demasiadas graças para se viver a correr.
domingo, 1 de maio de 2016
Querida Avó,
São muito mais que saudades, é a tristeza profunda de sentir que nos conhecemos noutra vida. Há muito tempo. Há demasiado.
Feliz dia da mãe :)
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Um passeio, foi o que foi...
Então foi assim:
- No terceiro não estudei umamerda (pelo menos a tempo e horas);
- No quarto levei com a bola de neve do entresuelo. Nem terceiro, nem quarto. Mas, a coisa fez-se. Lá foi ficando tudo direitinho.
- No quinto, já só faltava uma.
Começo a parecer uma pessoa normal. Gine e Neuro ao mesmo tempo. Quarto e quinto. Confiança(e muito medo). Trabalho e mais trabalho. Defeitos de carácter compensados com duas ou três noites, sem dormir, e a coisa fez-se.
Amigas incríveis das que levam sandwiches para a bilioteca (porque sabem que perdeste a carteira e tens sempre fome). Uma compi doida varrida que se sentou ao meu lado, com a maior das paciências para diagnosticar preeclampsias.
Última noite (ontem, hoje?). Chego do exame de neuro (com uma noite de 5h em cima). Durmo 1:30h. Sento-me. Começo a estudar às sete da tarde. Acabo às 9 da manhã (com uma hora de siesta pelo meio). Exames de 9-15.
E DONE! Adeus 4º ANO!!!! Agora sim sou MEDI!
Quase adeus quinto, que daqui a um mês e meio vou ter saudades tuas.
E no meio desta confusão, um M que esperou por mim em vez de ir dormir, para assegurar que me levantava, depois da minha hora e meia de sono. 3 chamadas até ao duche. A paciência do costume. A sensação de que sem ele a coisa não acontecia. A certeza de que não me engano...
Best team ever.
- No terceiro não estudei uma
- No quarto levei com a bola de neve do entresuelo. Nem terceiro, nem quarto. Mas, a coisa fez-se. Lá foi ficando tudo direitinho.
- No quinto, já só faltava uma.
Começo a parecer uma pessoa normal. Gine e Neuro ao mesmo tempo. Quarto e quinto. Confiança
Amigas incríveis das que levam sandwiches para a bilioteca (porque sabem que perdeste a carteira e tens sempre fome). Uma compi doida varrida que se sentou ao meu lado, com a maior das paciências para diagnosticar preeclampsias.
Última noite (ontem, hoje?). Chego do exame de neuro (com uma noite de 5h em cima). Durmo 1:30h. Sento-me. Começo a estudar às sete da tarde. Acabo às 9 da manhã (com uma hora de siesta pelo meio). Exames de 9-15.
E DONE! Adeus 4º ANO!!!! Agora sim sou MEDI!
Quase adeus quinto, que daqui a um mês e meio vou ter saudades tuas.
E no meio desta confusão, um M que esperou por mim em vez de ir dormir, para assegurar que me levantava, depois da minha hora e meia de sono. 3 chamadas até ao duche. A paciência do costume. A sensação de que sem ele a coisa não acontecia. A certeza de que não me engano...
Best team ever.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Olá
Venho aqui porque me pediste. Venho aqui porque o teu argumento me ganhou.
Falemos então das coisas prácticas, de que tu tanto gostas:
1. Exames: Continuo a ódia-los. Parece que os 5 anos não ajudaram. Mal posso esperar pelo último! 7 to go!
2. Comida saudável: continua a não ser o meu forte. Desculpa, mas a alface não fará nunca parte do meu dia-a-dia (ainda que tenha a secreta esperança de que os meus desejos de gravidez sejam só saladas!); Em relação ao atum, a minha nova go food (tá de moda falar de comida em blogs #Carlotapioneira), nada a dizer. Continuo a achar que posso vir a ter uma paragem por hiperpotassemia, resultado dos cachos de banana que marcham cada semana.
3. Ginecologia: Metes nojo. Não precisas de saber Gine para ser médico. É como a ortodoncia...
Falemos então das coisas prácticas, de que tu tanto gostas:
1. Exames: Continuo a ódia-los. Parece que os 5 anos não ajudaram. Mal posso esperar pelo último! 7 to go!
2. Comida saudável: continua a não ser o meu forte. Desculpa, mas a alface não fará nunca parte do meu dia-a-dia (ainda que tenha a secreta esperança de que os meus desejos de gravidez sejam só saladas!); Em relação ao atum, a minha nova go food (tá de moda falar de comida em blogs #Carlotapioneira), nada a dizer. Continuo a achar que posso vir a ter uma paragem por hiperpotassemia, resultado dos cachos de banana que marcham cada semana.
3. Ginecologia: Metes nojo. Não precisas de saber Gine para ser médico. É como a ortodoncia...
sexta-feira, 15 de abril de 2016
"Se queres que Deus se ria, faz planos"
Planos detalhados, em folhas de excel, feitas com todo o carinho. O Framework. A nossa vida toda naquelas linhas, calculada segundo as quinhentas variáveis, cujos pesos, já por si variam.
Planos caóticos, que se vão transformando na aventura que não sabia que queria, mas que quero tanto. A Aventura. A nossa vida toda de pernas para o ar, sonhada com aquela irresponsabilidade de quem não aprendeu com isto tudo.
Planos pequeninos, de um plano Maior. O caminho, só um. As nossas estradas todas, quando passarem a ser a mesma.
Dar tempo. Dar espaço e respirar fundo. Encontrar a paciência, tão característica do que é o amor.
E confiar.
Confiar, que seja qual for a decisão, o Plano maior é sempre o que Ele quiser.
Planos caóticos, que se vão transformando na aventura que não sabia que queria, mas que quero tanto. A Aventura. A nossa vida toda de pernas para o ar, sonhada com aquela irresponsabilidade de quem não aprendeu com isto tudo.
Planos pequeninos, de um plano Maior. O caminho, só um. As nossas estradas todas, quando passarem a ser a mesma.
Dar tempo. Dar espaço e respirar fundo. Encontrar a paciência, tão característica do que é o amor.
E confiar.
Confiar, que seja qual for a decisão, o Plano maior é sempre o que Ele quiser.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
Vamos fazer a distância pequenina, tá bem?
Isto de que escolher é perder é uma merda. Saber que um caminho, que parece tão certo, me faz morrer de saudades tuas, deixa-me lavada em lágrimas. Eu sei que sou uma mariquinhas. Mas, não vai ser a mesma coisa. Aquele detalhe que é o dia-a-dia, vai ficar-se pelo que podia ter sido. E isso, no meio do consolo de uma quase decisão, deixa o meu coração em pedacinhos.
Só me consola a certeza de que mesmo que lá estivesse, não te teria. Porque sei que és das que têm a ânsia do mundo no coração.
Só me consola a certeza de que mesmo que lá estivesse, não te teria. Porque sei que és das que têm a ânsia do mundo no coração.
quinta-feira, 10 de março de 2016
Diagnóstico: Pressa
A minha Mãe diz que tenho bom senso. Diz que confia na decisão que tome. Diz que sabe que não sou de fazer as coisas, sem pés nem cabeça, só porque acho que é um "agora, ou nunca".
Eu cá, não tenho a certeza. Não sei o que é medo e o que é bom senso.
Pressa, tanta pressa...
Eu cá, não tenho a certeza. Não sei o que é medo e o que é bom senso.
Pressa, tanta pressa...
segunda-feira, 7 de março de 2016
Balelas
Não sei como é que Deus faz as coisas, para que as peças vão caindo no seu sítio, sem mexer no livre arbítrio. Mas, o incrível é que caem.
Apesar do dia-a-dia angustioso, que ainda não encontrou a calma que vai precisar para os dias que aí vêm, a vida fascina-me. Eu sei que isto são só balelas. Mas, fascina-me. Não o suficiente para me deixar encantar e ir vivendo com a confiança que devia. Mas, ainda assim, em momentos de menoscatastrofismo lucidez, deixo-me fascinar e o meu coração enche.
Enche-me e fascina-me ver que somos tão diferentes. Ver que apesar de termos todos a mesma "vocação", dentro deste mundo da medicina, temos vocações tão diferentes. Os olhos da Maria e os meus brilham com a Pediatria e com a Ginecologia. Os dela de emoção, os meus de desespero.
PS: Tenho saudades da minha mãe
https://www.youtube.com/watch?v=iJ51824GZLo
Apesar do dia-a-dia angustioso, que ainda não encontrou a calma que vai precisar para os dias que aí vêm, a vida fascina-me. Eu sei que isto são só balelas. Mas, fascina-me. Não o suficiente para me deixar encantar e ir vivendo com a confiança que devia. Mas, ainda assim, em momentos de menos
Enche-me e fascina-me ver que somos tão diferentes. Ver que apesar de termos todos a mesma "vocação", dentro deste mundo da medicina, temos vocações tão diferentes. Os olhos da Maria e os meus brilham com a Pediatria e com a Ginecologia. Os dela de emoção, os meus de desespero.
PS: Tenho saudades da minha mãe
https://www.youtube.com/watch?v=iJ51824GZLo
sábado, 5 de março de 2016
Manias
Esta coisa de ter a mania de que somos só um, tem que se lhe diga. Dou por mim a viajar por Las Vegas e a querer contar ao mundo inteiro "a nossa" aventura. É parvo, porque na realidade passei o dia na biblioteca, mas tou num excitex, porque o meu coração está convencido que, nos últimos 3 dias, fez 21000 km e que na mochila já leva meio mundo. É ainda mais parvo, porque está a rir-se por dentro, da boleia de limusine, que depois de deixar todos os passageiros nos hotéis de 5 estrelas, te deixou a ti, num hostel pequenino. É mais parvo ainda , porque está inchado de orgulho, convencido de que é ele mesmo, quem sabe tirar partido das oportunidades que a vida (e o trabalho bem feito) vão trazendo.
A Carlota está orgulhosa de ti, porque é a tua primeira viagem sozinho. O que ela não sabe, é que estou aí contigo.
A Carlota está orgulhosa de ti, porque é a tua primeira viagem sozinho. O que ela não sabe, é que estou aí contigo.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Querida Mãe,
Não se preocupe nos dias em que eu estou doente, nem nos dias em que a mãe acha que estou triste. Esses dias existem, mas são parte da vida.
Mas Mãe, não se preocupe, porque aqui há uma família que toma conta de mim. Uma família que celebra a vida como ela merece. Uma família que cuida cada detalhe, como as famílias de verdade. Uma família que se move a alegría e salero.
Uma família de Meninos Perdidos, que a kms de casa encontrou outra casa.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
domingo, 31 de janeiro de 2016
Melhor festa de anos de sempre! (dos 24)
Intervalo do estudo, tudo a sair da biblioteca. Café de máquina. Bolo de chocolate. Velas, 5. Um dois e quatro pequeninas. Cábulas, para todos "Parabéns pra você". Pronuncia perfeita. Afinação de coro. O vosso tempo, o meu melhor presente.
Muchas gracias, os quiero un montón!
Muchas gracias, os quiero un montón!
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
UCI
Queria dizer-te que encontrei o meu lugar na medicina.
Mas, não tenho coragem. Quer dizer, não sei se é não ter coragem, ou se é ter maturidade. É que tenho aprendido a dar tempo.
Mas, que se lixe! Deixa-me dizer-te que estou de coração CHEIO!
Estou de coração cheio de alegria, cheio de coisas para não esquecer, cheio de exemplos para lembrar, cheio de pena porque hoje foi o último dia.
Passei duas semanas incríveis, que me souberam a pouco. Aprendi IMENSO, de medicina e de humanidade.
Vi uma maneira muito curiosa de olhar a vida. A vida e a morte. Aprendi como a vida é frágil e tão forte ao mesmo tempo. Aprendi a importância de saber assumir os seus ciclos e o seu percurso e aceitar que a morte é tão parte da vida como qualquer outra, e que por isso é tão importante um médico nessa altura.
Vi médicos que lutam de corpo e alma até ao último suspiro, mas que vivem com uma leveza que invejo.
Percebi que, também na medicina, faz falta mais calma e mais confiança, menos certezas.
Mas, não tenho coragem. Quer dizer, não sei se é não ter coragem, ou se é ter maturidade. É que tenho aprendido a dar tempo.
Mas, que se lixe! Deixa-me dizer-te que estou de coração CHEIO!
Estou de coração cheio de alegria, cheio de coisas para não esquecer, cheio de exemplos para lembrar, cheio de pena porque hoje foi o último dia.
Passei duas semanas incríveis, que me souberam a pouco. Aprendi IMENSO, de medicina e de humanidade.
Vi uma maneira muito curiosa de olhar a vida. A vida e a morte. Aprendi como a vida é frágil e tão forte ao mesmo tempo. Aprendi a importância de saber assumir os seus ciclos e o seu percurso e aceitar que a morte é tão parte da vida como qualquer outra, e que por isso é tão importante um médico nessa altura.
Vi médicos que lutam de corpo e alma até ao último suspiro, mas que vivem com uma leveza que invejo.
Percebi que, também na medicina, faz falta mais calma e mais confiança, menos certezas.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
1.5
Há qualquer coisa de tão confuso a passar-se cá dentro, que passar por aqui se torna difícil.
Gosto de passar para te por a par das novidades, e para me deixar a par, um dia, quando volte para me lembrar como foi. Mas, começo a achar que um blog não é o sitio certo para se fazer uma dissecação de um coração e de uma vida com muitas escolhas para fazer. Mas, às tantas é aqui ou não é, porque diários não é para mim. Demasiada preguiça.
Voltar foi bom, é sempre bom, desde há muito tempo. Assusta, porque talvez seja um pedido a algo mais. Assusta, porque também pode ser só o medo, de quem detesta mudança.
Gosto de passar para te por a par das novidades, e para me deixar a par, um dia, quando volte para me lembrar como foi. Mas, começo a achar que um blog não é o sitio certo para se fazer uma dissecação de um coração e de uma vida com muitas escolhas para fazer. Mas, às tantas é aqui ou não é, porque diários não é para mim. Demasiada preguiça.
Voltar foi bom, é sempre bom, desde há muito tempo. Assusta, porque talvez seja um pedido a algo mais. Assusta, porque também pode ser só o medo, de quem detesta mudança.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Taking it to the next level
- regular um frigorífico quando deita agua;
- ajustar a pressão de um esquentador;
- purgar radiadores;
- montar um autoclismo;
- Limpar um filtro;
Obrigada avô por fazer de mim uma pequena engenheira.
De nada mãe, porque a conta já vai nuns bons 700 euros.
Acho que isto merece um #feelingproud !
Lamento M, mas não há qualquer hipótese de chegares a homem da relação.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Sou pelas demonstrações públicas de amor
Sou pelas famílias grandes.
Sou pelos casais que enchem um banco da missa com os filhos pequeninos.
Sou pelos namorados que sabem fazer da oração parte de um namoro saudável.
Sou pelos desavergonhados que se entregam, nesta época de tanta "liberdade".
Sou pelas miúdas que se apaixonam.
Sou pelas que festejam a última festa de anos, de solteira.
Sou pelas que não têm medo do que o Vida lhes pede,
por saber que a Vida e o Amor são a mesma coisa.
Sou pelas famílias e pelos corajosos para as começar.
E por isso, hoje é dia de festa!
Sou pelos casais que enchem um banco da missa com os filhos pequeninos.
Sou pelos namorados que sabem fazer da oração parte de um namoro saudável.
Sou pelos desavergonhados que se entregam, nesta época de tanta "liberdade".
Sou pelas miúdas que se apaixonam.
Sou pelas que festejam a última festa de anos, de solteira.
Sou pelas que não têm medo do que o Vida lhes pede,
por saber que a Vida e o Amor são a mesma coisa.
Sou pelas famílias e pelos corajosos para as começar.
E por isso, hoje é dia de festa!
domingo, 8 de novembro de 2015
Ser um grãozinho, numa praia maior
Ainda bem que te voltei a encontrar. Porque quando acordei, quando voltei a procurar o importante, no meio de tudo o que confunde, foste o meu consolo. Ainda bem que voltaste. Que voltaste para me fazer arder o coração. Que voltaste para dar sentido a estes 6 anos, e aos próximos 60. Ainda bem que não foi apagado, só esquecido por um tempo. Ainda bem que te revelaste, porque daqui não podia passar, sem o conforto de te conhecer.
Ainda bem que te tenho, que me foste pedida, que me foste dada.
És a minha maneira de fazer a diferença no mundo. Sempre soube, só que já não me lembrava.
Ainda bem que te tenho, que me foste pedida, que me foste dada.
És a minha maneira de fazer a diferença no mundo. Sempre soube, só que já não me lembrava.
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Dos que estamos longe, mas estamos perto
Estou muito triste e muito contente.
Estou muito triste por não poder ter estado contigo.
Por não ter visto a alegria chapada na tua cara, com uma pontinha de orgulho, de quem reconhece um trabalho tão bem feito. Um trabalho tão seu.
Estou triste por não ter visto as caras das pessoas. Estou triste porque não me pude passear e ouvir as conversas alheias, de quem entende e de quem não. Tantas expressões que não queria ter perdido... Estou triste porque foi a primeira "à séria", e a primeira vai ser sempre A Primeira.
Mas, estou muito contente. Muito contente por todos os que, orgulhosamente, puderam ver essa alegria, na tua cara. Estou contente pelas caras de espanto e admiração de quem reconhece uma obra de arte. Estou contente pelas conversas de quem entende, e de quem não entende. Contente por todas as expressões que produziste.
Estou muito contente porque foi finalmente a primeira "à séria".
Estou muito contente, porque ao fim do dia e a 1000 km de ti, te encontrei (nas poucas fotografias) tão encontrada, tão corajosa.
Estou muito triste por não poder ter estado contigo.
Por não ter visto a alegria chapada na tua cara, com uma pontinha de orgulho, de quem reconhece um trabalho tão bem feito. Um trabalho tão seu.
Estou triste por não ter visto as caras das pessoas. Estou triste porque não me pude passear e ouvir as conversas alheias, de quem entende e de quem não. Tantas expressões que não queria ter perdido... Estou triste porque foi a primeira "à séria", e a primeira vai ser sempre A Primeira.
Mas, estou muito contente. Muito contente por todos os que, orgulhosamente, puderam ver essa alegria, na tua cara. Estou contente pelas caras de espanto e admiração de quem reconhece uma obra de arte. Estou contente pelas conversas de quem entende, e de quem não entende. Contente por todas as expressões que produziste.
Estou muito contente porque foi finalmente a primeira "à séria".
Estou muito contente, porque ao fim do dia e a 1000 km de ti, te encontrei (nas poucas fotografias) tão encontrada, tão corajosa.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Ponto da situação
Fiz um reset.
Fiz um reset, daqueles que apagam todos os preconceitos. Fiz um reset, daqueles que fazem falta quando a coisa já está tão pouco transparente, que se começa a questionar o essencial.
Fiz um reset daqueles que trazem liberdade e paz de espírito.
Troquei as certezas por confiança.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Aquele momento na vida do estudante de medicina...
Em que se teme uma expulsão da biblioteca, por passar a tarde inteira a ver pilinhas num computador...
Dermatologia, para que te quero?
Dermatologia, para que te quero?
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Confia...
Tu nada temas.
Nada te espante.
Pois tudo passa,
Deus nunca muda.
A paciência, tudo alcança,
Quem a Deus tem nada lhe falta
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
"Para nós o longe é perto"
Alguém me pode explicar quando é que a vida começa a ser fácil? Uma pessoa pensa que quando isto passar vem a parte boa, planeada ao detalhe, que não tem como falhar.
Mas, um dia, bate à porta aquele tempo que já não é de sonhos distantes e que pede a coragem das decisões. Aquele tempo, que de um dia para o outro, nos acorda para o caminho novo que está para chegar. Aquele tempo que é só daqui a muito tempo, mas que afinal é já. Porque o fim tem um principio.
Mas, um dia, bate à porta aquele tempo que já não é de sonhos distantes e que pede a coragem das decisões. Aquele tempo, que de um dia para o outro, nos acorda para o caminho novo que está para chegar. Aquele tempo que é só daqui a muito tempo, mas que afinal é já. Porque o fim tem um principio.
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
A medicina estragou-me
Parece um contra senso, é um contra senso. Mas, entrar em medicina e já levar metade do curso carimbado, roubou pelo caminho a convicção que me trouxe até aqui. Lembro de que mais nova pensava que não havia limites. Que os meus limites dependiam do que eu quisesse e daquilo para que trabalhasse. Sempre pensei que podia chegar onde fosse. Que sonhar era bom.
E agora, pergunto-me onde ficou toda essa convicção. O que aconteceu com aquela miúda que sonhava com uma irresponsabilidade, característica das pessoas que acreditam em si mesmas.
Como é que um sonho feito realidade, me roubou a capacidade de sonhar? Não sei como cheguei a tornar-me tão cínica com estas coisas de "tu podes". Irrito-me com o tom adulto com que ditei, um dia desse caminho, que o melhor era aceitar os limites que me impus. Entristece-me não ter a liberdade de sonhar, com toda a liberdade. Deixa-me furiosa já não gostar de medicina, por me ter ensinado que não era boa para isto. Chateia-me não ter especialidade por onde escolher, por ter aprendido que a maioria está fora do meu alcance, e portanto território proibido.
Hoje, sentada num anfiteatro com 100 pessoas, numa conferência sobre os próximos anos (pós-curso), num vislumbre de um futuro, olhei e pensei: "não penses mais, que isso não é para ti". E de repente dei-me conta: a medicina estragou-me.
Sem pena, pura constatação.
E agora, pergunto-me onde ficou toda essa convicção. O que aconteceu com aquela miúda que sonhava com uma irresponsabilidade, característica das pessoas que acreditam em si mesmas.
Como é que um sonho feito realidade, me roubou a capacidade de sonhar? Não sei como cheguei a tornar-me tão cínica com estas coisas de "tu podes". Irrito-me com o tom adulto com que ditei, um dia desse caminho, que o melhor era aceitar os limites que me impus. Entristece-me não ter a liberdade de sonhar, com toda a liberdade. Deixa-me furiosa já não gostar de medicina, por me ter ensinado que não era boa para isto. Chateia-me não ter especialidade por onde escolher, por ter aprendido que a maioria está fora do meu alcance, e portanto território proibido.
Hoje, sentada num anfiteatro com 100 pessoas, numa conferência sobre os próximos anos (pós-curso), num vislumbre de um futuro, olhei e pensei: "não penses mais, que isso não é para ti". E de repente dei-me conta: a medicina estragou-me.
Sem pena, pura constatação.
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Leituras que tiram o sono?!
Numa daquelas noites de insónia (como esta), deu-me para ler uma encíclica. Eu sei...
Continuo acordada, com um misto de culpa-irritação, por ter achado o dito documento tão pouco inspirador.
Acredito que como católicos não somos carneiros, mas sim que devemos valorizar e USAR, constantemente, o maravilhoso dom da razão, que, com tanto carinho, Deus nos deu.
E fazendo uso da razão e sentindo-me na liberdade de interpretar a tal encíclica (já que vem dirigida a todos), só tenho a dizer: Não concordo.
Não concordo MESMO.
Continuo acordada, com um misto de culpa-irritação, por ter achado o dito documento tão pouco inspirador.
Acredito que como católicos não somos carneiros, mas sim que devemos valorizar e USAR, constantemente, o maravilhoso dom da razão, que, com tanto carinho, Deus nos deu.
E fazendo uso da razão e sentindo-me na liberdade de interpretar a tal encíclica (já que vem dirigida a todos), só tenho a dizer: Não concordo.
Não concordo MESMO.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Tão bom
Alegria por estar aqui, alegria pela família que aqui nasceu. Alegria pela alegria.
*Para que tenhas alguma coisa para ler ao pequeno almoço, Noiva.
*Para que tenhas alguma coisa para ler ao pequeno almoço, Noiva.
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
5º...
O Tiago disse, no outro dia, que os buracos, que são
buracos, no fim tornam-se aconchegantes
Sinto-me uma ingrata feliz, porque cheguei a
casa. Não cheguei só ao “piso”, não vim para estudar, para picar o ponto. Vim
para casa. Vim a reconhecer, neste caminho, a familiaridade de uma rotina pela
qual já tenho carinho, a ouvir uma língua que me conforta porque o meu cérebro
diz que é isto que se fala na rua, vim a matar saudades do barulho que se ouve
nas esplanadas às 10 da noite. Vim cheia de saudades, cheia de vontade de
voltar a ver esta família que aqui nasceu.
Mais,
Vim com a vontade de aproveitar. Viver o tempo (assustadoramente
curto) que ainda falta como uma graça, uma parte de um caminho, uma
experiência, mil experiências! Vim com a certeza de que não vou deixar que isto
se torne uma espera por uma outra fase da vida, igualmente desafiante, mas sim, que seja uma experiência de riqueza infindável.
Deixei lá mil saudades, mas vim matar outras mil.
sexta-feira, 3 de julho de 2015
One more step
Às vezes, o nosso caminho, o que é dos dois, não passa por caminhar
na mesma estrada. Muitas vezes, o nosso caminho
passa por aeroportos sem fim, por 1200 km de saudades, por aventuras em dois
continentes, que de tão longe nos mudam a escala e tudo parece perto. Raras
vezes, mas as minhas preferidas, o nosso caminho passa pela rampa das chegadas
do aeroporto de Lisboa, por jantares e almoços non stop, por passeios na Praia,
em todas as alturas do ano; por conversas sem interferências, daquelas que
podem ser baixinho, porque não há problemas de rede.
Todas as vezes, o nosso caminho é o mesmo, numa proximidade
que assusta. Cada um a seu ritmo, mas
com o passo sincronizado.
Mais um ano, mais um pedacinho do nosso caminho que ficou
arrumado para que venham novas estradas com tudo o que a vida tiver à nossa espera.
Um ano duro, mas de uma incrível calma e serenidade. Um ano
de desafios alegremente superados, de amizades para a vida e de mais certezas
de que é por aqui, ainda que longe, que o nosso caminho tem que passar.
PS: Já te disse que já sou MEDI?
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Olá sou a F. e estou no 4º ano
Voei pelo 4º ano a recriminar-me por ainda ter duas cadeiras de 3º para fazer. Como foram as cadeiras do fim do ano, passei o tempo todo a dizer que estava no terceiro. Agora, de repente, vou para o QUINTO(?!!!!!!) e parece que deixei alguma coisa perdida. Acho que o número 5 me assusta... Dois anos (nunca pensei dizer isto, mas cá vai:) SÓ! Isto afinal acaba, medo.
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